De Salvador a Fernando de Noronha - Texto:
De Salvador a Noronha:
(Fotos por Silvio Ramos, Assis - Cracatoa, Hamilton - Piatã, Marcio - Bora Bora).
Aratu – Salvador:
Voamos eu e Lilian para Salvador no dia 19 de Setembro, dois dias antes do meu septuagésimo aniversário, para levarmos o Matajusi para Recife. Ele tinha ficado em Aratu pintando o fundo e consertando o leme. Depois de conferir os trabalhos no leme e pintura, rumamos no mesmo dia para Salvador e atracamos no Terminal Náutico.
Pena que ainda estávamos sem uma máquina fotográfica, pois havíamos sido assaltados em Salvador e levaram a nossa, e não havíamos ainda comprado uma nova, pois muitas foram as oportunidades para boas fotos durante nossa viagem.
Na manobra de atracagem em Salvador, pegamos um cabo no hélice, e isso atrasou nossa partida para Recife, pois ainda tínhamos que fazer supermercado, mas ao invés disso, tive que mergulhar e livrar o hélice. Pequeno inconveniente, que acabou nos atrasando mais alguns dias, quase comprometendo nossa participação na Refeno, pois ainda tínhamos que fazer a vistoria pela Marinha, e acabamos chegando a Recife com somente um dia para resolver qualquer pendência.
Eu já estava com um resfriado e tomando antibiótico, pois tinha uma forte inflamação na garganta, que não ficou melhor depois do mergulho. Com isso, decidimos fazer mercado no dia seguinte (20/09) e partir em seguida. Como a mãe natureza tem cabeça própria, entrou uma frente forte, onde o vento nos ajudaria, mas trouxe um mar muito alto, bem incomum. Decidimos esperar acalmar o mar antes de sair novamente, pois seriam 400 milhas até Recife e queríamos fazer sem escalas.
Minha gripe piorou e o mar não melhorou, ficamos mais um dia (21/09), o dia que completei meus sessenta anos, que comemoramos com um jantar seguido por um cinema no shopping da barra. Fomos e voltamos de ônibus, bem a estilo cruzeirista mesmo. O que economizamos no taxi, gastamos no jantar!
Saímos as 05h30min do dia 22/09, mesmo com mar ainda alto, com ventos ... nordeste! Bem na nossa cara! Subíamos entre 3 a 4 nós, com o barco batendo muito, e passamos o primeiro dia e noite assim. No dia seguinte, o vento continuou de nordeste, com mar um pouco mais de leste, batia menos, mas mesmo assim singrávamos menos do que queríamos e precisávamos, pois ainda tínhamos que fazer a vistoria da Marinha em Recife.
No meio do dia 23/09, passando ao través de Maceió e as umas 20 milhas para fora, percebi que o diesel que tínhamos não daria para ir até Recife, se precisássemos continuar a ajudar com o motor, então, aterrei para Maceió, aonde chegamos por volta das 13h00min.
Maceió:
Maceió tem um porto pequeno com pouco abrigo para ventos do quadrante sul, mas conseguimos uma poita falando com a Associação de Vela de Maceió. A ancoragem fica bem atrás do porto e tem lugar para uns 5 veleiros. Havia dois no local e amarramos em uma poita disponível ali por perto. Pedimos um bote de apoio, pois meu bote estava desinflado e guardado no paiol. Alguns minutos depois apareceu o Carlinhos, com um barco a remo, daqueles que o marinheiro rema empurrando o remo de um lado para outro, preso na popa. Lenta navegada até a praia, onde desembarquei para ir comprar diesel em bombonas carregadas no carrinho de mão pelo Carlinhos. Comprei 80 litros, e na volta passei pela balança, o nome que se dá ao mercado de peixe local, e comprei camarão grande e postas de sororoca.
De volta ao Matajusi, transferi o diesel para os tanques e preparei um senhor almoço, com camarões na maionese e posta de sororoca na chapa. Comemos muito e fomos dormir, com despertador para nos acordar às 15hs30min.
O único incidente até Maceió foi o tanque de boreste que implodiu durante a travessia entre Salvador e Maceió, pois me esqueci de abrir o registro do respiro. Muchou que nem tomate seco! Incrível a força da bomba de combustível!
Acordamos com o despertador e zarpamos as 16h00min rumo a Recife. Um velejador local sugeriu que eu fosse umas 18 milhas para fora, como o vento era de nordeste, para depois dar um bordo só até Recife, e assim o fizemos. Estávamos com todo pano para cima, com ventos de 18 nós, e quando chegamos a umas 18 milhas da costa, preparamos para o bordo. Minha preocupação era ter muito pano na hora do bordo, então soltei um pouco as velas.
Estava tão ocupado com o ajuste das velas, que não percebi um barquinho pesqueiro imediatamente na nossa proa! Quando demos o bordo que vi que ele estava a uns 200 metros à frente! Ufa! Teríamos passado por cima dele não fosse o bordo! Isso nos alerta que temos que ter constante vigília, uma coisa que vai se relaxando na medida que vamos mais para o meio do mar, onde não se encontra com barcos pequenos, apenas navios e outros veleiros.
Os navios não me preocupam, pois meu AIS os localiza e identifica, além de alarmar se em rota de colisão. Eles também me localizam nos seus radares ou plotter, pois meu novo AIS ativo transmite nossas informações para os outros AIS ao alcance do VHF. Já os veleiros, tem perfil alto, e são fácil de serem localizados pelos mastros ou velas, mas os pequenos pesqueiros, não aparecem no radar e podem estar sempre entre ondas quando olhamos, e várias vezes chegamos próximos de alguns durante nossa viagem desde que saímos do Bracuhy. Esses pesqueiros do norte são bem menores do que os que estamos acostumados no sul.
Conforme sugerido pelo velejador em Maceió, depois do bordo, fomos em um bordo só até Recife, e que navegada boa foi aquela! Ventos e corrente a favor, barco andando rápido, e assim fomos até Recife.
Um pouco antes de chegar a Recife, ainda à noite, desviei do que pensei ser uma rede enorme, mas acabou sendo vários pequenos pesqueiros. Era noite ainda e de repente comecei a ouvir gritos! Corri para a murada o barco e vi que estávamos passando a uns 200 metros de um pesqueiro. Vi que ele estava ancorado com dois pescadores pescando na linha, mas desconhecia qualquer outro tipo de equipamento de pesca que eles pudessem ter amarrado ao barco. Desviei rápido e não percebi qualquer problema com cabo ou rede.
Uma meia hora mais tarde, as 4hs30min, joguei uma rapala na água para tentar fisgar algum peixe. Assim que a isca caiu na água, a vara já curvou e passei à rotina de recolher o peixe, reduzindo velas, rumando mais para o vento, ligando o motor, e ir recolher o peixe. Nisso percebi algo branco seguindo o barco! Será que um tubarão ia nos atacar?
Deixei a vara no suporte e fui para a plataforma ver do que se tratava. Notei que havia um cabo vindo debaixo do barco, puxando algumas bóias brancas de isopor. As bóias giravam, o cabo enrolava, e isso ia reduzindo a distância! Pensei naquelas bóias entrando no hélice e gritei para a Lilian trazer a foice que havíamos comprado no Rio de Janeiro, para nos livrarmos de redes na eventualidade de batermos em alguma. Acho que tivemos sorte até então, pois depois de umas 3.500 milhas navegadas, ainda não pegamos nenhuma rede. Mas, pegamos algo, que perseguia o barco e se aproximava rápido!
Quando a foice chegou, pesquei o cabo pela plataforma e puxei para cima. As bóias continuavam se aproximando, e rápido! Então, cortei o cabo e consegui segurar as bóias. As trouxe a bordo para conhecer o que era aquilo, mas eram simplesmente duas bóias de isopor cortado, amarradas a um cabo plástico. Engatei o motor e notei que o hélice estava vibrando.
Antes tenho que contar o sonho que eu tinha tido há apenas algumas horas atrás, quando estava dormindo no assento traseiro, com todos os alarmes ligados, e acordei dando murros para cima! Sonhei que estava nadando atrás do barco e quando retornava para a plataforma, meu caminho foi cortado por um tubarão tigre! Ataquei o tubarão a murros, mas aí acordei! Mas que coincidência incrível! Eu sonho com um tubarão me atacando e algumas horas depois, tenho que mergulhar em alto mar para tirar um cabo do hélice!!! Pode acreditar que fiquei MUITO esperto! Tirei o cabo do hélice, mas sempre olhando tudo em volta. A sensação de olhar para o fundo e ver somente o azul, no lusco fusco da madrugada, é algo que mexe com meus nervos!
Hélice livre, sem ataque de tubarão, subi a bordo, tomei uma banho quente, me vesti, e vamos em frente... só que, assim que engatei e pus o barco no rumo de Recife, o hélice travou com outro cabo!!!
Imediatamente lembrei que havia pedido para a Lilian amarrar um cabo no cunho da proa, para eu segurar no caso do barco começar a velejar sozinho comigo mergulhando. Pois agora foi a vez desse cabo prender no Hélice! Preparo de novo o barco, tiro toda a roupa e mergulho pelado para tirar o cabo do hélice. Sempre olhando para todos os lados, lembrando do meu sonho, pois esse cabo deu bem mais trabalho, porque era grosso e forte. Pedi à Lilian que cortasse o cabo na altura do cunho da proa, para ter folga para eu trabalhar debaixo do barco. Demorou um pouco, mas logo livrei o hélice e retornei ao barco, sem quaisquer incidentes com um tigre!
Outro incidente interessante foi um navio enorme que vinha em rota de colisão com o Matajusi, no través do porto de Sauipe. Olhei os dados do navio no AIS e o chamei pelo nome no canal 16. O piloto respondeu, e lhe disse que estávamos em rota de colisão, que eu era um veleiro andando na vela, e perguntei qual era a intenção dele, se acelerar ou diminuir a velocidade, para eu poder decidir que atitude tomar quanto àquele navio. Fiquei surpreso com a resposta dele dizendo que eu não me preocupasse, pois ele estava desligando os motores! E assim o fez! Que diferença faz uma chamada pelo canal 16 com os dados corretos do navio, mais seu destino, velocidade e rumo! O piloto tem que responder, pois ele não sabe de onde vem a chamada, só sabe que quem chamou esta muito bem informado!
Recife:
Chegamos a Recife por volta das 11hs, entrei dentro do porto e rumei para o Cabanga Iate Clube. Chegando lá, haviam muitos barcos dentro do cercado, mal dava para entrar, mas, passamos bem apertadinho entre alguns barcos e conseguimos amarrar lado a lado com o VMAX2 do Kan Chu, que cruzamos navegando em solitário no VMAX5, antes de Maceió e depois antes de entrar no porto de Recife, pois ele não havia parado em Maceió como nós.
Primeiro lavamos o barco e reabastecemos, usando mangueiras esticadas e emendadas entre vários barcos, depois fomos procurar pela Marinha para fazer a vistoria. Fiquei contente da vistoria da Marinha somente identificar um item pendente, o fato de termos 4 tripulantes registrados e somente dois coletes com identificador noturno. Comprei dois identificadores na lojinha local, onde, surpresa, me encontrei com o Telles de Ubatuba! Isso foi muito bom, pois quando estava lavando o barco notei que haviam caído todos os parafusos de uma peça no enrolador e o Telles entende muito disso pois é representante técnico da Nautos. Ele veio ao barco e refizemos os parafusos que faltavam, revisando todo o enrolador e estai de proa.
Depois de cumprido o item faltante, consegui o adesivo de vistoriado da Marinha, e agora era só esperar pela largada.
Para a largada, tivemos que sair do Cabanga no dia anterior, por causa da maré, pois a outra opção seria sair as 02h00min da manha, então preferimos sair um dia antes e esperar do lado de fora. A maioria dos veleiros de grande calado saiu também e esperamos ancorados no meio do canal do porto.
Depois que sai, lembrei que, mesmo depois de umas 10 visitas à secretaria da regata, o Cabanga ainda não tinha nos fornecido os kits dos tripulantes, então retornei de botinho, no contra-vento, chegando ao clube todo molhado, mas eles continuavam sem os kits. Retornei somente com as camisetas e bonés, mas ficamos sem as bolsas, o que ainda está pendente com o clube. Gostamos de competir na REFENO 2008, mas achamos caríssimo, e praticamente sem benefícios para os tripulantes que justificassem esses preços.
Em preparação para a regata, visitei todos os sites de ventos, ondas e correntes conhecidos, e cheguei à conclusão que devíamos ir mais orçados, abaixo da linha da ilha, para compensar o vento que predominaria durante a maior parte da regata, e a corrente que empurraria para o norte - oeste. Essa estratégia nos permitiu uma ótima classificação, conforme podemos ver no site oficial da REFENO abaixo.
http://www.refeno.com.br/2008/br/resultados/2008_classe_a.html
Nossos tripulantes convidados, o Marcio e a Daniela, do Bora Bora, chegaram a 1 da manha do dia da regata, pois perderam o vôo de SP a Recife e tiveram que pegar o próximo. Eles tinham ficado de fazer as compras de mercado, então eu e a Lilian fizemos as compras e fomos dormir cedo, pois tínhamos que acordar para recebê-los e teríamos que passar a noite seguinte velejando. Isso foi bom, pois eles estavam mesmo muito cansados e estressados com a viagem, e o Marcio passou mal praticamente a regata toda.
Na saída, logo fora do molhe do porto de Recife, tivemos o único evento que causou alguma emoção. O Matajusi estava mais rápido do que o Namastê e o Tortola, mas estávamos no vento sujo dos dois, assim, tive que ultrapassar pelo meio dos dois, para sair do vento sujo e ganhar velocidade, mas, reconheço, passou muito perto!
No meio da regata, chamei o Terra Natal do Rodrigo pelo rádio e confirmamos que minha tática tinha surtido melhor resultado, pois eles, que saíram na nossa frente, estavam a mais de cinco milhas atrás do Matajusi. Sugeri uma troca de tática, o que eles fizeram, e acabaram logo atrás do Matajusi no final.
Durante a regata, fomos acompanhados pelo navio patrulha Graúna. No meio da noite, percebi umas luzes na minha proa, e acho que pelo cansaço e pelo sono, não consegui identificar o que era aquilo, somente vi que estava próximo e bem no nosso rumo. Enquanto tentava identificar o que parecia mais como dois veleiros com um barco de pesca no meio deles, no AIS apareceu um navio bem próximo! Desviei nosso rumo, adernando, e, sem qualquer perigo para nosso barco ou tripulação, fui estudar como havia chegado tão próximo a um navio sem detectá-lo no meu AIS, pois não tinha o radar ligado para economizar energia.
Agora via claramente o navio no AIS, e, a olho nu, percebi outro a nosso bombordo, que identifiquei como o Graúna. Chamei o Graúna pelo canal 16, para confirmar se era ele mesmo, e acabamos batendo um longo papo sobre o AIS e sobre o navio que havia acabado de cruzar nossos rumos. Perguntei se eles não tinham AIS ativo a bordo, pois não os via na tela, e o operador do rádio do Graúna disse que tinham, mas que o ativo estava desligado, portanto não transmitindo a posição deles por ser um navio militar. Mas, ele ligou o transmissor do AIS, e imediatamente recebi sua localização na tela. Notei que não informava o tipo de embarcação, e indaguei o Graúna sobre isso. Ele disse que por ser militar, tinha também a opção de desligar essa informação. Ligou em seguida e confirmei estar recebendo informação sobre navio militar. Ele também confirmou estar recebendo desde o começo da regata as informações do Matajusi pelo AIS dele, e confirmou as informações que via sobre meu barco.
Outro incidente foi quando percebi no AIS um outro navio, vindo direto contra a flotilha da regata. Chamei no canal 16, e informei que ele estava indo de encontro a uns 100 veleiros. Ele mudou a rota, só que, agora, vindo diretamente para cima do Matajusi! O chamei novamente pelo radio e lhe disse que ele estava em rota de colisão comigo, no que ele respondeu, “negativo, meu barco anda muito mais rápido do que o seu”. Uma vantagem do AIS é que ele automaticamente calcula o ponto de intersecção entre os dois barcos, e projeta esse ponto na tela, mantendo um vetor com o rumo e velocidade do navio, e nesse caso, o vetor cruzava o meio do Matajusi! Chamei pelo radio de novo e disse que o rumo continuava de colisão, mas ele acelerou mais e não respondeu. Informei que eu iria tomar a iniciativa de desviar da sua rota. Pela foto podemos ver que ele passou realmente muito perto, e com os motores a toda, deixando um rastro de cheiro de queimado para trás.
Interessante notar que o Matajusi era o único entre os mais de 100 veleiros participantes, com um AIS ativo. Acredito que isso deve mudar logo, com tudo que temos informado sobre o uso desse equipamento.
Percebemos durante a noite que havíamos passado todos os veleiros daquele lado da raia, e continuávamos orçados, mas não muito longe da rota direta para Noronha. Quando fomos nos aproximando, fui arribando, mas com isso perdi a vantagem sobre outros dois barcos que estavam próximos, e na reta final para a linha de chegada, perdi duas posições, uma para o Aya e outra para o Pura Vida - RJ. Acabamos chegando com somente alguns minutos de diferença entre os 3 barcos, que depois de 44 horas navegadas, não representa muito.
Durante a regata toda, tive que tocar o barco praticamente sozinho, pois o Marcio ficou mareado o tempo todo e, carregado de Dramin, praticamente não conseguia se mexer. Na reta final fiz todos participarem, e chegamos mais acordados em Noronha.
Fernando de Noronha:
Já havia ido a Noronha umas 3 vezes antes, e pude perceber uma diferença enorme na ilha desde minha última visita por lá há 35 anos atrás. As coisas estavam mais modernizadas, com estradas asfaltadas, ônibus, táxis, muito mais casas e construções, e nos pequenos mergulhos que consegui fazer, achei a fauna muito menor do que a que conhecia do passado.
As coisas estavam muito mais caras, sendo em média 3 vezes mais que em outras cidades do Brasil, mas, continua um lindo lugar, e aproveitamos para fazer muitos passeios, incluindo uma volta completa à ilha de ônibus, muitas caminhadas, inclusive uma por onde passamos pela escada na praia do Sancho que sobe a costa até o planalto, um lugar mágico.
Um quase incidente foi em um mergulho que fomos fazer entre as praias do Cachorro e Boldró, quando eu estava na água e Lilian, Marcio e Daniela no botinho, e eu sugeri atravessar para o Boldró. Quando começamos, não haviam ondas, mas assim que chegamos a um lugar muito raso e cheio de pedras, as ondas apareceram do nada e foram ficando mais e mais altas, ameaçando virar o bote, com todos os equipamentos fotográficos que o Marcio e a Daniela tinham a bordo!
Eu ajudei a manter a proa para as ondas, e por baixo, empurrava o barco entre as pedras rasas, para um lugar mais fundo e sem ondas. Enfim conseguimos, não sem antes enchermos meio bote com água salgada!
Ficamos a semana inteira em Noronha, passeando pela ilha e experimentando os muitos restaurantes locais. A melhor comida foi na Pousada do Zé Maria e a melhor tapioca na Toca da Tapioca. Uma atração interessante é a alimentação dos tubarões e raias que os pescadores fazem atrás do porto, onde eles guardam as sobras de peixes do dia e jogam na água no mesmo lugar que têm usado nos últimos 50 anos, então os tubarões e raias se habituaram a esperar por comida no pôr do sol todos os dias.
Na próxima coluna vou relatar a nossa viagem de Fernando de Noronha a Natal e nossa participação na regata Noronha/Natal.
Convido meus leitores a se comunicarem comigo pelo e-mail matajusi@gmail.com.
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