sexta-feira, abril 30, 2010

Sera que eles tem noção de que podiam me afundar?!!!

Essa foto mostra o rombo entre a junção do deck com o casco, onde o estalareiro deveria TER ENCHIDO de massa de vedação... esse buraco ia até o painel de eletricidade, causando um rio dentro do painel, que eu protegi com uma fralda de plastico que acumulava a agua que entrava. Pensei que era pelo brandal, e era também, mas não tanta quanto a que entrava pela junção.

Abaixo o rio de agua que entrava pela junção do deck com o casco, dentro da fralda que eu havia posto.

Abaixo, os dois primeiros parafusos do carrinho da genoa, DESCARADAMENTE sem arruelas! Não puseram nem a arruela pequena!!!


Mesma foto depois que pus as arruelas que deveriam estar lá desde a construção do barco.

Vale a pergunta, será que eles quiseram me afundar? Pois se o carrinho arrebentasse, aconteceria em vento forte, com mar forte, e o rombo que faria em cima do deck seria impossivel de ser consertado e o barco iria para o fundo!!! Ou foi serviço PORCO mesmo?!!! Hum...

quarta-feira, abril 28, 2010

Mais vazamentos encontrados...

Hoje terminamos de montar o KiwiProp, e ja o instalamos para receber a primeira demão de PropSpeed, uma tinta especial para helices e ferragens abaixo da linha dágua, que foi desenvolvida aqui mesmo em Opua. Pensavamos em baixar o barco para agua amanha, mas, para pintar debaixo da quilha, que esta encostada no chão, preciso levantar o barco no guincho e segura-lo la ate o dia seguinte, e só tem agenda vazia para isso na proxima terça-feira, portanto, barco para a agua na proxima quarta-feira.
Enquanto isso trabalhamos nos outros itens, alguns deles, outros vazamentos. Desconfiava do carrinho da genoa, então desmontei a madeira que fica por baixo deles dentro da cabine, e encontrei alguns dos 25 parafusos, enferrujados por dentro, sinal de que estão vazando. O pior de tudo foi ver que todos os parafusos foram fixados com arruelas quase do mesmo tamanho que as porcas, e isso não seria o mais indicado para prender o carrinho na fibra do deck, mas sim usando arruelas bem maiores para não ter o perigo do carrinho ser arrancado. Hum... Então, vamos tirar tudo e refazer tudo de novo, usando arruelas maiores. Com isso, vamos ter maior area de vedação desses parafusos e, para ter certeza de que sanamos os problemas de vazamentos pelos parafusos dos carrinhos, por enquanto vamos deixar abertos os buracos no teto da cabine. Não é o mais bonito, mas é o mais pratico. mais tarde, quando formos recolocar a madeira que esconde esses buracos, vamos usar velcro ao invez de cola, para facilitar visualização e revisões futuras.


terça-feira, abril 27, 2010

Achamos o vazamento para dentro do painel eletrico!

Como podemos notar pelas marcas de ferrugem, esses parafusos seguram a ferragem do brandal de boreste no deck, e estavam completamente soltos. Notem que o de trás, tem até uma marca de ferrugem indo para o lado direito, exatamente onde fica o painel eletrico. Quando adernavamos a bombordo, com o vento entrando pelo boreste, forçava mais o mastro, esticando mais o suporte do brandal no deck, e isso fazia abrir mais o buraco, por onde vazava para dentro do painel eletrico.
Hoje, aproveitamos que o tempo esta muito ruim, e trabalhamos dentro do barco. Tirei todas as baterias, e removi a caixa das baterias e os assoalhos da caixa, para poder acessar os parafusos que prendem a quilha ao barco. Todos menos um, estavam soltos. Alguns podiam ser mexidos com a mão. Talvez pelo uso do barco, talvez pela má qualidade do trabalho de alguns no estaleiro que construiu o barco. Notamos também um numero enorme de furos no piso e no suporte da caixa de baterias ao piso do barco, mais uma indicação da má qualidade do trabalho de alguns. Hum...

Estamos revisando as velas, e foi bom ter feito isso, pois encontramos a fita que cobre a valuma da mestra completamente podre, dissolvendo na mão. O material usado foi claramente abaixo da especificação do meu pedido. Vamos aproveitar e cortar a saia, pois esta muito longa e acaba ficando presa à retranca o tempo todo, sem qualquer serventia alem de acumular humidade. Na genoa, adicionamos uma costura em zigue-zague à cobertura de proteção ao sol, para evitar que os materials se separem quando a vela é enrolada com vento forte.

Vamos modificar a trinqueta, para retirar os garrunchos e adicionar um macarrão para ser usado em conjunto com o novo enrolador da Nautos que estamos instalando.

O importante é que nossa lista esta diminuindo e logo devemos seguir viagem de novo.

domingo, abril 25, 2010

Para quem quiser seguir o nosso exemplo...


Esse barco brasileiro, o Bicho Papão, do Marcelo e da Mariana, esta a venda na Australia... é só compra-lo e embarcar no sonho de velejar pelo mundo...

quinta-feira, abril 22, 2010

Revisando KiwiProp:

Com o apoio da propria KiwiProp, que me mandou as peças de reposição para a manutenção que estou fazendo no meu helice, estou usando a oficina do Dave, casado com a brasileira Silvana, que representa a Yanmar em Opua, para desmontar, trocar peças, lubrificar e re-montar o helice da KiwiProp. A bem da verdade, parece que quando o helice foi montado em Joinville, não foi lubrificado, pois não se sabia muito sobre esse helice na epoca. É surpreendente o helice ter sobrevivido sem graxa e sem manutenção nessas 20.000 milhas navegadas até hoje. Por conta disso, quebrou uma mola  e uma bucha interna, e com isso ela demorava a engatar a frente, depois de usada a ré. Agora vai ficar novinha em folha, e deve durar no minimo mais umas 40.000 milhas!

Nova placa solar 85W instalada hoje:

Ultima das 3 placas solares antigas, retirada hoje e substituida por uma mais curta de 85W. A antiga era mais longa e ficava no meio do split do estai de popa, impedindo o tensionamento do estai com o novo tensionador da Nautos que ja esta parcialmente instalado. Quando finalizado eu publico fotos.

Projetando vela nova no enrolador novo da Nautos:

Com Charles, brasileiro, novo dono da velaria de Opua, projetando nova vela a ser usada no segundo estai de proa, no lugar da trinqueta que usavamos antes. Vela especialmente projetada para uso em vento forte e tempestades. Preparando instalação do novo enrolador Nautos.

Abaixo, visita a velaria do Charles.


Matajusi de pintura nova:

















Acima, sobre a supervisão da Lilian, aplicando a primeira demão de primer...
Abaixo, pintura finalizada, com primeira demão em vermelho e mais tres em azul.
Tinta usada: Primer International Interprotect, Tinta Venenosa International Microm 66.


terça-feira, abril 20, 2010

Visita ao Waitangi, reserva Maori...




















Opua, 20 de abril de 2010:



Aproveitando que estávamos com o carro alugado, fomos fazer supermercado e conhecer alguns lugares aqui perto de Opua.

Um desses lugares foi a reserva Maori de Waitangi, onde foi assinado o tratado entre os Maoris e os Ingleses. Esse lugar é conservado até hoje, e nele foi construído um templo Maori, este visto na foto acima.

Fomos também visitar a cachoeira de Haruru dentro da reserva Maori, um lugar conservado onde ainda sobrevivem alguns kiwis, pássaros típicos da Nova Zelandia e em perigo de extinção.

Voltando para a manutenção do barco, o fundo já esta completamente raspado e lixado e hoje deram um banho de acido nos bordos para limpar bem antes de se começar a aplicação do primer, que deve começar amanha.

Unindo o útil ao agradável, contratei o João Pescador do Zazoo para trabalhar comigo na manutenção do barco, pois eu preciso de ajuda e ele de dinheiro. O primeiro trabalho que dei para ele foi o de reformar nosso fogão, cujo tinha uma boca que não funcionava mais e a outra tinha um foguinho fraquinho. O resultado me animou, pois o fogão ficou melhor do que quando era novo (lembram que eu achava que meu fogão já era usado?). Com isso peguei mais firme nas minhas tarefas de manutenção, que já inclui a re-instalação da corrente e ancora, com a marcação da corrente usando os raimbow-marquers coloridos para marcar a cada dez metros, a montagem do enrolador da trinqueta (ainda falta instalar no estai), a remoção da bateria de arranque e preparo da área para uma bateria de gel com mais capacidade de arranque e maior amperagem, a retirada e limpeza do hélice KiwiProp (que está mais parecendo perda total), a instalação do novo esticador do estai de popa, a instalação de um novo thru-hull para o dessalinizador, liberando o que eu estava usando do tanque de águas negras, a re-instalação do duo-gen, com lubrificação e revisão completa, entre outras tarefas menores.

Estou retirando o ultimo dos painéis solares de 32W, e comprando um novo de 85W para por no lugar, pois o de 32W fica no meio do split do estai de popa e assim não conseguiria instalar e usar o esticador do estai.

Descobri no topo do leme uns furos que parece que foram feitos quando eles lavaram o casco quando tiramos da água. Pedi para um cruzeirista bom de consertos em fibra retocar o leme. Fica aqui a duvida sobre a qualidade da fibra usada no leme... se um jato d’água quebra a fibra, imagino algo mais solido batendo no leme. Hum...

Comprei fio novo (RG 8X NZ$7.40/m x25m) para trocar o fio do VHF do mastro, que parece ser de qualidade inferior e não próprio para a distancia de cima do mastro até o radio, alem de estar completamente oxidado por dentro. Desconfio que esteja entrando água por cima, no topo do mastro. Conector mal feito? Hum... não seria a única porcaria feita pelo eletricista...

Troquei as adriças da mestra e da genoa, por cabos Spectra de 12mm (NZ$1100 100m), acabando com mais um esforço desnecessário, o de ficar reajustando velas por conta do estiramento dos cabos usados pelo estaleiro. Hum...

Retirei as tampas dos parafusos dos brandais, do lado de dentro do barco, e, de cara, consigo ver dois parafusos com marcas de ferrugem, ou seja, vazando. Estes estão diretamente em cima da área do painel de eletricidade onde entra um rio de água com o barco adernado a bombordo, Reclamo desse vazamento desde o barco zero... será que vai ser assim fácil resolver o problema do vazamento dentro do painel elétrico? A outra pergunta que faço é, porque vaza de um lado e não do outro? Se fosse para vazar depois das 20.000 milhas navegadas, não seria de se esperar que vazasse dos dois bordos? Hum...


Amanha vou trabalhar na plataforma, pois vaza para dentro do barco e os parafusos usados não foram de boa qualidade e estão completamente enferrujados. Será que o fato do estaleiro estar completamente arruinado financeiramente afetou a qualidade dos equipamentos comprados para o meu barco? Hum...


Outro trabalho para amanha é o da remoção do pescoço de ganso que vaza em muitos lugares, que vai ser trocado por um pescoço de ganso de cano de borracha.

sexta-feira, abril 16, 2010

Iniciamos os trabalhos no barco...
















Enquanto moramos a bordo, mesmo no seco, no patio da marina em Opua, iniciamos trabalhos no Matajusi.


Barco levantado para o seco (NZ$270), pintores contratados (NZ$2300) para lixar o casco inteiro, pintar com primer, e depois pintar com tinta venenosa Micron 66 da International (NZ$360/galão x4, mais primer NZ$110/galão x2), negociando trabalhos nas capotas, velas, mastreamento, cabos e motor, e, começando trabalhos na area de vedação interna do barco, mais acertos no leme, manutenção no helice e rabeta, instalação da nova entrada de agua para o dessalinizador, entre outros trabalhos. Parece que a lista não para de crescer!

Esta difícil trabalhar pois o frio esta intenso! Estimamos entre três a quatro semanas de trabalho antes de podermos testar o barco e partir para Fiji. Trouxemos um aquecedor portátil 110V e usamos 24h por dia dentro do barco. Re-conectei o tanque de águas negras, para emergências durante a noite. Durante o dia, usamos o banheiro comum da marina. Banhos, tomamos no próprio barco, ligando o aquecedor de água, e bombeando a água para fora, isso, enquanto não estiverem pintando embaixo do barco... Estamos com um carro alugado até segunda, e temos saído um pouco para compras e passeios.

Nossa nova rota foi preparada, e se tudo correr conforme planejado, podemos estar de volta ao Brasil para as festividades de final de ano. Não afirmo de que ano, mas tudo indica que poderia ser 2010. Os equipamentos eletrônicos foram todos testados, assim como as conexões por radio VHF e SSB. Acesso ao Sailmail com o novo computador de bordo, adquirido na Brasil foi um sucesso, e nessa altura parece que temos tudo funcionando bem. Agora só falta instalar o novo teclado para poder controlar radar e outros instrumentos de dentro do barco, considerando o frio e umidade que vão estar no cockpit na subida para Fiji.

Estamos planejando uma mudança radical no dog-house e bimini, para incluir capotas, janelas laterais e canvas para proteger os tripulantes de borrifos de ondas, vento e chuva, tornando o cockpit mais habitável durante travessias.

PARTICIPE!

Abaixo, o link de um abaixo assinado a favor da pesca esportiva no Brasil:
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/5972

quinta-feira, abril 15, 2010

Matajusi no seco:















Hoje tiramos o barco da água, lavamos, e pusemos no suporte, para começarmos os trabalhos de remoção de pintura antiga e nova pintura do casco, troca de óleo e do zinco da rabeta, acerto e lubrificação do hélice, novo furo thru-hull para o dessalinisador, e novo ajuste do leme.

Vale dizer que fora a bateria do motor descarregada, não havia nada de errado no barco! Ficou quatro meses e meio sem ninguém olhando, e não deu nenhum trabalho, o que me fez lembrar a roubada que foi usar aquele marinheiro lá em Natal...

terça-feira, abril 13, 2010

Retorno à Opua:


















Nossa primeira vista do Matajusi é indicada pela mão da Lilian, depois desses últimos quatro meses e meio que passamos no Brasil.


Como chegamos já fora do expediente da marina, pegamos um hotel para pernoitar, antes de irmos para o barco amanha.


Nossa visita ao Brasil foi marcada por altos e baixos, culminando, mais uma vez, em uma grande dificuldade em cortar o cordão umbilical com família, amigos, trabalho, propriedades, e tudo o mais que nos ancora em terra firme. Um dos baixos foi um acidente de moto com perda total da moto. O que provocou dois dos altos, eu nao me machuquei, e acabei por comprar minha primeira moto BMW zero! Já tive seis motos BMW, mas nunca uma zero. Dessa vez me tratei bem, e me dei de presente uma K 1300 S 2010, com todos os opcionais disponíveis. Adorei a moto e já andei uns 3000 quilômetros! Vou sentir saudades!


Nessa nossa visita ao Brasil, ficamos pasmos com as filmagens de autoridades brasileiras, literalmente enchendo o rabo de dinheiro! Eles são flagrados guardando dinheiro vivo na cueca e nas meias! Que exemplo estamos dando para nossas crianças! Robalheira generalizada, mentiras, e tudo com total impunidade...

Continuamos pasmos com os pedágios pagos para motocicletas, a metade do custo que pagam os carros! Nos perguntamos onde mais eles vão "enfiar" dinheiro?!


Aproveitei que estava em Auckland e comprei muito equipamento para a manutenção que vou fazer no Matajusi. Como não cabia nas malas e nem no ônibus, aluguei um carro e dirigi de Auckland a Opua, assim aproveito e faço supermercado para abastecer novamente o barco antes de partir para Fiji.

No próximo relato relaciono a lista de itens comprados, com preço local, para referencia.