terça-feira, agosto 31, 2010

sábado, agosto 28, 2010

Ilha de Aese, e baia de Hog Harbor:

Chegando na ilha de Aese, escolhemos uma ancoragem calma, do lado Oeste da ilha, entre a ilha e a ilha principal de Espirito Santo e ancoramos com sete metros de profundidade e trinta de corrente. Único problema pé que em uma das noites que passamos por lá, o vento virou e ficamos muito próximos de um cabeço de coral, e acabamos encostando nele à noite. Tive que levantar correndo e recolher um pouco da corrente da ancora para sair de cima dele.
No mais, passamos um dia inteiro, eu e o Patrick do Ma´Ohi, caçando na ilha. Andamos das sete da manha até as quatro da tarde. Não vimos nada, somente trilhas frescas de porcos selvagens, pois a área é muito grande e sem cachorros para farejar os porcos, fica difícil se acercar de algum. Vimos muitas galinhas selvagens, alguns cavalos selvagens, muito rastro de gado selvagem, e alguns rastros de porcos selvagens. No final da caminhada, encontramos uma área com muitos limoeiros, carregados de limão, e enchemos as camisas de limões.
Na volta fui para um mergulho e colhi um marisco gigante e uma concha gigante, a maior que já colhi. Preparei um risoto de concha gigante e convidei o Patrick e a Cristine para jantar conosco. Eles são um casal Frances, muito versátil, já estando no mar a quatorze anos e topam de tudo. Uma excelente companhia par a gente, mas eles estão i9ndo parta as Filipinas, e nós não vamos para lá então, vamos navegar um pouco ainda juntos e depois, cada um para seu destino.
As onze horas da manha do dia vinte e sete zarpamos para Hog Harbor, onde chegamos depois de cinco horas de velejada, com a ajuda do motor. O vento variava entre cinco e dez nós, e entre NW e NE, ou seja, o tempo todo arrumando velas. Chegamos, ancoramos em dês metros de água, checando os cabeços de coral à nossa volta, e fomos rapidinho para a aldeia, para encontrar o principal de uma das escolas destinadas a receberem os livros que estamos trazendo. A escola era longe, uns vinte minutos caminhando, então deixamos os livros no restaurante da praia de Lonnoc. Chegando à aldeia, procuramos por alguém com carro para ir buscar os livros e encontramos o Sam, um dos donos do restaurante da praia, que nos levou para apanhar os livros, depois nos trouxe de volta para a aldeia e nos levou para a casa do Principal da escola secundaria, para quem entregamos os livros. Tiramos fotos para documentar o evento e voltamos com o Sam para a praia onde havíamos deixado o bote. Acabamos ficando para jantar no restaurante, e conhecendo um casal de Israelenses muito interessantes. Eles são do grupo RAW, um grupo de vegetarianos que só comem comida crua. O único preparo é lavar, cortar, misturar e comer. Ficamos conversando até tarde, eles muito interessados na n0ssa vida a bordo, e nós, na vida errante deles. Ele foi da Special Forces de Israel. Imagino pelo que deve ter passado... Agora vivem viajando o mundo, em geral na área do equador, onde as frutas e verduras crescem em maior abundancia.
Ontem fui mergulhar, mas a Lilian não queria nenhum peixe, pois ainda temos muito no barco para consumir, então fui procurar por conchas novas para experimentar, e achei duas. As duas vivem dentro de certo tipo de coral, e ficam embutidas no coral onde crescem. O coral acaba fazendo um buraco em volta delas e, portanto elas não podem crescer muito. Tinha uma fininha, com uns oito centímetros de tamanho, que era bem doce. Comi apenas os músculos. A outra era até uns dez centímetros, mas com uns três a quatro centímetros de grossura, e tinha um músculo bem gostoso e grande para o seu tamanho. Difícil de pegar, pois assim que se toca nelas elas afundam dentro da abertura do coral, então fui experimentando métodos diferentes e o que melhor funcionou foi enfiar a faca de mergulho enquanto elas estão abertas e cortar o músculo que as mantém fechadas, depois ir trabalhando com faca e dedos para retirar elas do buraco no coral, o que nem sempre conseguia. Algumas eu tinha que desistir, e outras tinha que insistir e tirar somente a carne.
Depois do mergulho almoçamos, comendo vegetais na chapa com os peixes de água doce que eu havia pescado no buraco azul, e fomos caminhar em terra. Na volta encontramos os Israelenses e eles nos convidaram para jantar RAW com eles. A janta foi uma salada com muita coisa, incluindo alface, tomate, côco verde ainda mole, abacate, salsinha de monte, pimenta verde, temperados com sal grosso e azeite. Para beber, água de côco. Os convidamos para vir conhecer o barco hoje e eles vão trazer a comida para fazer mais um tipo de RAW, incluindo queijo de leite de côco.
Amanha zarpamos para Wunpuko para entregar a outra caixa de livros na escola local. Wunpuko fica em uma área onde muito poucos brancos vão. Vai ser interessante...
-----
At 29/8/2010 08:46 (local) our position was 15°08.74'S 167°06.91'E, our course was 094T and our speed was 0.1.
No dia 29/8/2010 as 08:46 horas (local) nossa posição era 15°08.74'S 167°06.91'E, nosso curso era 094T e nossa velocidade era 0.1.
----------
radio email processed by SailMail
for information see: http://www.sailmail.com

terça-feira, agosto 24, 2010

Ancoragem da Oyster Island Resourt:

Saímos cedo, sem incidentes, da ancoragem preocupante onde pernoitamos e seguimos paralelo a costa de Santo até a ilha de Aese, onde ancoramos para aguardar a maré encher e permitir nossa passagem pelo passe de entrada na ancoragem de Oyster Island, uma ancoragem muito calma, usada até em período de ciclones, onde uma das atrações são as nascentes de água puríssima e cristalina chamadas de blue whole. Aqui ficava uma das bases aéreas americanas durante a segunda guerra mundial. Com internet gratuita a bordo, é uma ancoragem que atrai quase todos os veleiros que por aqui passam.
Aqui re-encontramos muitos amigos, o Zozzie, Caminata, Hokus Pokus, Khanza, Ma´ohi, e também encontramos o RayFiki, outro barco que usou os serviços da WaveSailsNZ do Charles em Opua. Estava curioso, pois havia ajudado o Charles a trabalhar na vela mestra, novinha em folha, do RayFiki um catamaram novinho e lindo da Nova Zelandia, construído pelo próprio Ray, e havia observado problemas similares aos que acabaram por serem feitos nas minhas próprias velas e canvas, costuras tortas, tecido enrugado pelas costuras, excesso de costuras na mesma área, e fui falar com o Ray do RayFiki sobre esses problemas. Ele acabou confirmando que os serviços do Charles criaram mais problemas do que solução, e que ele já teve que re-fazer alguns dos serviços que o Charles fez nas suas velas, então sugeri que ele fizesse uma reclamação no Noon Site, pois eu já havia feito uma, mas como era a primeira, a Sue, gerente do Noon Site disse que não iria publicar, depois de uma carta enorme e cheia de mentiras descaradas, que o Charles mandou para a Sue, com a ajuda do Sombra. Tomara que o Ray faça isso mesmo, pois vai evitar muito cruzeirista desavisado de ter suas velas e canvas destruídas pela falta de conhecimento, capacidade e responsabilidade do Charles. O João do Zazoo também teve esses mesmos problemas com o Charles, incluindo ser mandado para fora da veleria, mas, manipulado pelo Sombra, ficou de boca fechada sobre esses problemas. Continuo surpreso com essa atitude do Sombra, que ao invés de promover harmonia e segurança entre os cruzeiristas brasileiros, tomou essa atitude lamentável para um personagem na sua posição.
Ontem, subimos um dos rios que desembocam da baia, cuja nascente fica a uns vinte minutos de botinho rio acima e ficamos maravilhados com a beleza do lugar! Água claríssima e muita natureza bonita, incluindo alguns peixes de água doce de bom tamanho, e garantido de não conter ciguatera! Mas como eu não havia levado equipamento de caça submarina, só dei alguns mergulhos de treino, na água claríssima do blue whole, onde existe uma nascente brotando água a uns vinte metros de profundidade. Interessante a diferença que senti na água doce, com os mergulhos que fiz à essa profundidade. Parecia estar mais fundo, demorar mais para subir e descer, e até me acostumar com essa diferença entre água doce e salgada, a qual estou mais acostumado, não consegui ficar muito tempo debaixo d'água.
Hoje pela manha fui mergulhar com o Patrick do Ma´Ohi nos corais de fora de uma ilha aqui próxima, uma área linda, com muitos peixes e água transparente. Retornei com uma garoupa e uma lagosta grande, e o Patrick também caçou uma garoupa. Combinamos um jantar de espaguete com molho de lagosta, uma das minhas especialidades, e peixe na brasa, e fomos mergulhar juntos no blue whole. La peguei dois peixes de bom tamanho, um parecido com a nossa piranha, e outro, uma replica quase exata de uma sioba, só que de água doce.
Guardei os peixes de água doce para comermos amanha, e saboreamos o espaguete com molho de lagosta, acompanhados de uma salada de trigo e uma sobremesa feita com massa de cuscus deliciosas que a Marie Cristine preparou para acompanhar a nossa janta.
Amanha vamos partir dessa baia, rumando para uma ilha deserta dita estar abarrotada de porcos selvagens. Vou tentar caçar um com meu arco e flecha e o Patrick vai comigo. De lá, vamos velejar até uma vila onde tenho que entregar a primeira caixa de livros e matérias escolares do Projeto Veo da Rowena. Depois rumo para a segunda aldeia, mais para o Norte, e depois cruzamos para a área de Banks, as ilhas mais ao Norte de Vanuatu.
-----
At 25/8/2010 03:33 (local) our position was 15°22.43'S 167°11.41'E, our course was 172T and our speed was 0.0.
No dia 25/8/2010 as 03:33 horas (local) nossa posição era 15°22.43'S 167°11.41'E, nosso curso era 172T e nossa velocidade era 0.0.
----------
radio email processed by SailMail
for information see: http://www.sailmail.com/

sexta-feira, agosto 20, 2010

De Malekula a Luganville, Espirito Santo:

Na quarta, o Champ não pode ir caçar, então fui mergulhar sozinho. Pedi permissão para mergulhar ao James, gerente da fazenda Kiwi de onde compramos ovos, e acabei comprando mais duas dúzias de ovos. Fiquei das nove da manha até as quatro da tarde mergulhando sozinho nos recifes da frente da fazenda e no final tinha uma garoupa de uns cinco quilos, um dentão de uns quatro, mais duas garopetas, mais três vieiras das pedras gigantes, mais uma ostra nativa gigante. Fiquei com as conchas e dei todos os peixes, pois ainda temos atum para uns quatro dias. O James ainda me convidou para uma caçada de porcos na sexta, mas realmente precisamos seguir caminho, então saímos na quinta pela manha e navegamos até o extremo NorteOeste de Malekula, na Malua Bay, onde ancoramos em sete metros com quarenta e cinco metros de corrente, só para dormir, mas aproveitamos para fazer trocas com os nativos locais. Muitas toranjas, mexericas, bananas, mamão, côco, abobora, e dois vegetais que não conhecíamos, uma mistura de abobrinha com berinjela com pepino que parece uma bucha verde, mas de boa textura e paladar. Pela troca demos camisas, cantis, livros, revistas, cabos, DVDs, e mais uns penduricos.
Saímos hoje as seis da manha, navegando com bom vento e poucas ondas, atravessando rapidinho o canal entre Malekula e Espirito Santo. Com o vento entre quatorze e vinte nós entrando pelo través, fazendo o barco andar entre sete e nove nós, chegando aos doze quando surfava uma onda, acabamos ancorando mais cedo do que estimado. Ancoramos na área reservada para os iates, uma ancoragem daquelas ruins, com direito a ancora garrando, barco caturrando, vizinho gritando e xingando, e tudo mais de direito. No final, para satisfazer o vizinho resmungão, acabei ancorando de novo, dessa vez onde o catamaran Ahu tinha acabado de sair, assim sobrando mais espaço e calando a boca do resmungão.
Fomos assim que pudemos para a cidade, usando o bote para alcançar a praia, que para ajudar, era meio de tombo, então, todo cuidado é pouco para não virar o barco na aterrada, pois estava com o computador no backpack.
Refizemos o cruizing permit, agora incluindo as ilhas do norte de Vanuatu, e ainda conseguimos fazer um pouco de internet, trabalhando no cruizing permit para a Indonésia. Esse é bem mais complicado e demora quase um mês para receber. Tem que mandar um monte de documentos, mais o itinerário, que não pode estar diferente da viagem atual, ou o caldo engrossa . Com muitas milhas, muitas ilhas, vento e corrente com grandes variações, fica difícil definir exatamente quando e onde vamos passar... e seria bem mais fácil se eu já tivesse definido se vou para Oeste ou para o Norte! Sem essa decisão esculpida em pedra, vamos enrolando e conhecendo mais lugares e mais gente. No final da tarde,quase anoitecendo, decidi atravessar para a ilha em frente à cidade, e sair da cara do vento, mas acabei não encontrando um lugar ideal para ancorar e ancorei em condições que não gosto... muito perto de terra, em canal com corrente de maré forte, com três forças trabalhando no barco, o vento empurrando para NW, a maré empurrando para Leste (por enquanto), e a ancora segurando pelo SE... Vamos ter que manter uma vigília essa noite... amanha saímos daqui e vamos para uma ancoragem melhor.
-----
At 20/8/2010 14:30 (local) our position was 15°31.36'S 167°09.85'E, our course was 316T and our speed was 0.1.
No dia 20/8/2010 as 14:30 horas (local) nossa posição era 15°31.36'S 167°09.85'E, nosso curso era 316T e nossa velocidade era 0.1.
----------
radio email processed by SailMail
for information see: http://www.sailmail.com/

terça-feira, agosto 17, 2010

Ancorado em Malekula:

A caminho das ilhas do norte, com mar muito calmo, pouco vento, ajudando no motor, ouvimos a vara com a linha que estava na água, correr e envergar... enquanto pegava a vara e preparava para cansar o peixe, a Lilian diminuiu a velocidade deixando somente na marcha lenta a frente. O peixe era dos grandes e afundou rápido, então fiquei trabalhando ele com a fricção um pouco aberta, para quando puxasse a linha cedesse um pouco, e assim ficamos mais de meia hora... eu recolhia a linha, ele pegava de volta... Aos poucos ele foi chegando mais perto, e percebemos que era um atum de uns dez quilos... Bonito peixe, e nosso primeiro pescado no corrico esse ano! Deixei ele acabar de cansar, depois o trouxe próximo ao barco, e fisguei com meu gancho novo, recém comprado em Port Vila, e já estreado com sucesso... O atum rendeu muita carne, que cortamos em postas sem espinhos, e postas para sashimi.
Chegamos na baia de southwest de Malekula à meia noite, então tomamos um banho quente, e fomos dormir. Para a janta do dia seguinte, preparamos três tipos de sushi, atum com pepino e maionese, atum com cenoura ralada e wasabi, e atum picadinho bem fino com cebolinha e maionese. Preparamos também umas cinco carreiras de sashimi, com rabanete e cenoura ralados fino, wasabi e shoyo. Sei que muitos ficaram com água na boca, e confirmo, estava delicioso!
Fomos visitar a aldeia de Lembinwen e enquanto a Lilian ficou com as mulheres, um dos maridos, o Freddy, me levou conhecer a aldeia. Visitamos a igreja, a caixa de água coletada da chuva, entre outras construções, e no final, ele me levou conhecer o Champ, como é chamado o homem mais famoso de toda Vanuatu, um nativo chamado Kalie, lutador de boxe que já fez dezessete lutas profissionais, ganhou onze por nocaute, quatro por pontos e perdeu duas, uma, segundo todos dizem, roubada dele na Austrália... Muito simpático e prestativo, logo me serviu com um prato de frutas. Enquanto eu as saboreava, me perguntou se eu conhecia o LapLap, a comida mais conhecida e preferida pelos nativos de Vanuatu, que consiste de uma massa feita de banana, com carnes dentro e algum tipo de verdura por cima, cozida em cima de pedras quentes, esquentadas em uma fogueira. Embora não do meu gosto, a laplap estava apetitosa e limpei o prato.
Conversando com o Champ sobre isso e aquilo, acabamos conversando sobre caçadas e pesca submarina. Ele disse que não sabia muito sobre pesca submarina então ofereci uma troca, eu dava umas dicas para ele na pesca submarina, e ele me levava caçar porco selvagem, e assim combinamos uma caçada para amanha, com um mergulho no dia seguinte... Nesse meio tempo peguei um resfriado dos bravos, e fiquei enfiado dentro do barco dois dias seguidos. Sai hoje para uma caminhada, onde acabei caçando um caranguejo, que trouxe para o barco para comer. Uma delicia! Achamos também uma fazenda com ovos colhidos na hora, e já chupei um ali mesmo. Outros oito, fritamos assim que chegamos de volta no barco... Hoje para a janta tivemos comida árabe, com kibe, babaganuch e humus. Como podemos notar, come-se muito mal por aqui!
-----
At 17/8/2010 21:02 (local) our position was 16°29.66'S 167°25.75'E, our course was 226T and our speed was 0.0.
No dia 17/8/2010 as 21:02 horas (local) nossa posição era 16°29.66'S 167°25.75'E, nosso curso era 226T e nossa velocidade era 0.0.
----------
radio email processed by SailMail
for information see: http://www.sailmail.com

sexta-feira, agosto 13, 2010

A Caminho das ilhas do Norte de Vanuatu:

Acordamos as seis horas e saímos as sete em direção à Malekula, mas talvez vá direto a Espirito Santo, onde tenho duas caixas de materiais escolares de presente para duas escolas de lá, e assim fico livre de ir para onde quiser depois desse compromisso assumido.
Chegaremos a Espirito Santo amanha. Nossa posição rumo e velocidade a seguir...
-----
At 14/8/2010 10:57 (local) our position was 17°31.12'S 168°00.01'E, our course was 325T and our speed was 6.9.
No dia 14/8/2010 as 10:57 horas (local) nossa posição era 17°31.12'S 168°00.01'E, nosso curso era 325T e nossa velocidade era 6.9.

----------
radio email processed by SailMail
for information see: http://www.sailmail.com

quarta-feira, agosto 11, 2010

Terremoto e Tsunami - Informacao recebida via Sailmail:

URL: http://weather.noaa.gov/pub/data/raw/we/wepa42.pheb.tib.pac.txt
Date: 11 Aug 2010 00:12:58 -0000
Last-Modified: 10 Aug 2010 05:52:11 -0000
Expires: 11 Aug 2010 00:22:58 -0000
WEPA42 PHEB 100551
TIBPAC
TSUNAMI BULLETIN NUMBER 002
PACIFIC TSUNAMI WARNING CENTER/NOAA/NWS
ISSUED AT 0551Z 10 AUG 2010
THIS BULLETIN APPLIES TO AREAS WITHIN AND BORDERING THE PACIFIC
OCEAN AND ADJACENT SEAS...EXCEPT ALASKA...BRITISH COLUMBIA...
WASHINGTON...OREGON AND CALIFORNIA.
. TSUNAMI INFORMATION BULLETIN ... THIS BULLETIN IS FOR INFORMATION ONLY.
NOTE THAT A TSUNAMI WAS RECORDED AT PORT VILA, VANUATU
THIS BULLETIN IS ISSUED AS ADVICE TO GOVERNMENT AGENCIES. ONLY
NATIONAL AND LOCAL GOVERNMENT AGENCIES HAVE THE AUTHORITY TO MAKE
DECISIONS REGARDING THE OFFICIAL STATE OF ALERT IN THEIR AREA AND
ANY ACTIONS TO BE TAKEN IN RESPONSE.
AN EARTHQUAKE HAS OCCURRED WITH THESE PRELIMINARY PARAMETERS
ORIGIN TIME - 0524Z 10 AUG 2010
COORDINATES - 17.5 SOUTH 168.0 EAST
DEPTH - 21 KM
LOCATION - VANUATU ISLANDS
MAGNITUDE - 7.5
EVALUATION:
SEA LEVEL READINGS INDICATE A TSUNAMI WAS GENERATED. A RECORDED
WAVE AMPLITUDE OF 23 CM HAS BEEN OBSERVED AT PORT VILA, VANUATU.
THIS IS ONLY AN INITIAL MEASUREMENT OF THE FIRST ARRIVING TSUNAMI
WAVE. HIGHER WAVE AMPLITUDES MAY YET TO BE OBSERVED ALONG COASTS
NEAR THE EARTHQUAKE EPICENTER. FOR THOSE AREAS - WHEN NO MAJOR
WAVES ARE OBSERVED FOR TWO HOURS AFTER THE ESTIMATED TIME OF
ARRIVAL OR DAMAGING WAVES HAVE NOT OCCURRED FOR AT LEAST TWO HOURS
THEN LOCAL AUTHORITIES CAN ASSUME THE THREAT IS PASSED.
DANGER TO BOATS AND COASTAL STRUCTURES CAN
CONTINUE FOR SEVERAL HOURS DUE TO THE CONTINUING SEA LEVEL
CHANGES AND RAPID CURRENTS. AS LOCAL CONDITIONS CAN CAUSE A WIDE
VARIATION IN TSUNAMI WAVE ACTION THE ALL CLEAR DETERMINATION MUST
BE MADE BY LOCAL AUTHORITIES.
NO TSUNAMI THREAT EXISTS FOR OTHER COASTAL AREAS IN THE PACIFIC
ALTHOUGH SOME OTHER AREAS MAY EXPERIENCE SMALL NON-DESTRUCTIVE
SEA LEVEL CHANGES LASTING UP TO SEVERAL HOURS.
THIS WILL BE THE FINAL BULLETIN ISSUED FOR THIS EVENT UNLESS
ADDITIONAL INFORMATION BECOMES AVAILABLE.

terça-feira, agosto 10, 2010

TERREMOTO!!!

Acabamos de passar pela nossa primeira experiência com um terremoto!
Ainda não recebi nenhuma informação via SailDocs ou NOAA, mas podemos descrever o que vimos e o que sentimos.
Estamos a bordo, arrumando as compras que fizemos para o provisionamento do barco, e começamos a sentir o barco tremendo como se estivéssemos em cima de um trem sem amortecedores, uma sensação incrível pois nunca pensei que o barco pudesse tremer desse jeito dentro da água, pois a água deveria amortecer os choques, mas não foi o que aconteceu... Eu estava do lado de fora trabalhando em algumas coisas e Lilian dentro da cabine, e nós dois sentimos o tremor dentro do barco. Coincidentemente, veio na mesma hora que uma rajada de vento, então pensei que o vento estava criando aquele tremor, mas ai percebi que tudo se mexia em terra, com um vozerio aumentando, chegando a gritos e todos correndo de dentro dos prédios. Vi os vidros sacudirem como plástico. Demorou só uns cinco segundos mas deu para dar uma idéia da força da natureza.
Agora estamos ouvindo as sirenes das ambulâncias e outros veículos oficiais passando pela cidade. No radio VHF, um monte de conversas entre barcos sem ninguém saber de nada ou ter respostas as muitas perguntas que todos temos, onde foi o terremoto, pode haver um tsunami, podem haver outros terremotos, ficamos ancorados, saímos para mar alto, entre outras...
Estou procurando por informações oficiais pelo Sailmail. Assim que tiver, posto.

segunda-feira, agosto 09, 2010

De volta a Port Vila, Efate, Vanuatu:

(Lindas novas fotos postadas, confira!)
Acabamos ficando em Lelepa mais alguns dias, curtindo primeiro a companhia dos nossos amigos rastafári, Karlo e Jackie, que por sinal, não são os nomes verdadeiros deles, são os nomes de back packers. Fomos novamente visitar a caverna, e agora na companhia de um guia local que eu contratei para nos dar mais informações sobre a caverna e seu passado. Nessa caverna eles mantinham seus parentes velhos que não tinham mais condições de viver por conta própria, levando-os de volta para a aldeia somente após a sua morte. A caverna ficava claramente debaixo da água do mar, pois vemos conchas gigantes incrustadas no teto da caverna. Vemos também mãos dos habitantes antigos da ilha pintados dentro da caverna e alguém pendurou umas bruxinhas em alguns lugares, que pensei serem morcegos gigantes.
Conosco estavam também o Remi, Sophie, Louis e Marrie, uma família francesa em um catamaram de quatorze metros construído pelo próprio Remi. Esse é o terceiro catamaram construído por ele. Idéia muito interessante, para um barco enorme, muito simples, que até hoje não deu problema estrutural...
No dia que eles foram para o Norte, eu ainda tendo que ficar por conta da geladeira nova que estava vindo da Nova Zelandia, enquanto pensávamos em voltar para Port Vila, chegaram nossos amigos do Too Much, o Jean e a Marcia (brasileira), e o Herve e a Leticia com suas lindas duas filhas, do catamaram Khansa, e decidimos ficar com eles em Lelepa.
Combinei um mergulho a noite com o Jean me acompanhando no meu bote, pois ele não mergulha a noite, e tentei durante algumas horas encontrar alguma lagosta. Encontrei trocas (conchas comestíveis), e cacei um Lether Jack (peixe com carapaça de couro muito forte) , mas tive que disputar a posse com um galha branca que parecia estar mesmo com muita fome, e queria por que queria ficar com o meu peixe! O pior era que peguei o peixe com um arpão havaiano, que ficou enfiado no peixe se debatendo dentro de uma caverna na parede do coral, levantando muita sedimentação na água, e eu não conseguia mais ver a situação por lá, então minha alternativa foi ficar empurrando o tubarão com os pés de pato, ao mesmo tempo que bombeando água limpa da superfície na área para clarear a minha visão. Em nenhum momento o tubarão me atacou, somente tentava achar um jeito de passar por mim e pegar o peixe se debatendo. Eventualmente consegui tirar o peixe do buraco que estava e levei ele para o botinho. Em seguida, vi mais ao largo um tubarão bem maior, com olhos enormes que brilharam quando eu pus a lanterna para o lado que ele estava. Achei mais prudente ficar por cima da barreira de coral que só tinha um metro de água, não permitindo que um tubarão daquele tamanho pudesse me causar problemas naquela área.
Encerrei meu mergulho logo em seguida, com o Jean dizendo que já estava cansado e queria voltar para o barco, pois eles iriam partir cedo para o Norte no dia seguinte.
O dia seguinte, o Too Much e o Khansa partiram para o Norte e nós voltamos para Port Vila para checar no estado da geladeira nova que deveria estar por chegar da Nova Zelândia. A geladeira acabou chegando no dia seguinte mas só consegui retirar da aduana em mais um dia, sem custo local nenhum. Foi pegar, voltar para o barco e começar com o trabalho de substituir o evaporador (prato que esfria dentro da geladeira, em geral o frízer) . Com a ajuda da Lilian desmontei o prato anterior, e montei o prato novo, um pouco maior do que o anterior. Instalei também o compressor já completo, com unidade de controle, radiador e ventilador, adicionei meu duto improvisado, feito de garrafa pet, e liguei, funcionando de primeira e conforme especificação.
Com geladeira resolvida, ficaram as pendências por conta do compressor novo anterior, que funcionou por alguns dias, e os excessos de peças que acabaram vindo a mais por conta da falta de comunicação do distribuidor da Nova Zelândia. Ter algumas peças para reposição não é uma má idéia, mas não vou precisar de três unidades de controle novas, então estou discutindo o retorno e reembolso de algumas dessa peças. Todas as peças que trouxe da Nova Zelândia foram com a inestimável ajuda do Bob, gerente de vendas da Cater Marine em Opua, um cara muito simpático que ajuda muitos cruzeiristas com encomendas de partes da Nova Zelândia para onde for preciso e que foi a melhor ajuda que tive com soluções para problemas no barco enquanto eu estava em Opua.
Passamos os últimos dias provisionando o barco, pois estimamos uma viagem longa antes de termos de novo um lugar bom para provisionar como Port Vila, e no meio tempo participei de uma outra expedição aventureira na companhia do Bryan do Second Winds, o mesmo com quem havia ido caçar porcos selvagens de arco e flecha. Dessa vez organizamos uma expedição onde fomos para uma área privada e ainda completamente selvagem, onde primeiro eu fui com o Frank, o mesmo caçador que havia nos levado na caçada ao porco selvagem, preparar muitos côcos já abertos e cortados na metade ou três quartos e espetados em pedaços de pau de meio metro, em frente às possíveis tocas dos caranguejos de côco, trabalho que durou uma hora de caminhada na mata, seguido por um mergulho para caçar peixes, onde fui o único a trazer alguns, seguido por cozinhar com espetos na fogueira os peixes e umas carnes que o Bryan havia levado para garantir alguma comida, seguido por um mergulho a noite para pegar lagostas, seguido de outra caminhada pela floresta para checar os côcos de seva para os caranguejos de côco, seguido de uma panelada de lagostas e caranguejos acompanhados de pão local em fartura, seguidos por uma longa espera pelo taxi que ia nos levar de volta, o que conseguimos fazer à meia-noite. Um dia completo, com muita atividade, do jeitinho que eu gosto!
Agora esta um tempo muito ruim, com vento forte e muita chuva, e estamos esperando melhorar para seguir para o Norte, enquanto isso e para nossa surpresa chegou o Alexandre IV do Jack e da Josie, nossos amigos de aventuras anteriores que conhecemos em Tonga, que disseram nos acompanharam até as ilhas do norte de Vanuatu de onde eles partirão para a Nova Caledônia e nós para a Ásia.

segunda-feira, agosto 02, 2010