sexta-feira, novembro 13, 2009

Completamos nossa ultima perna de 2009, Opua, Nova Zelandia:


Atracados na Opua Marina.
Posição: S35 18.900 E174 07.251, 14/11/09, 11:00h Local (UTC +13)
Aqui estamos, em Opua na Nova Zelândia, depois de uma chegada dificultada pelos ventos fortes e contra o rumo que tínhamos que ir, e por correntes que não conhecíamos que nos desviavam o tempo todo do nosso rumo. Em cima disso, as ondas estavam altas e fortes, e cobriam o barco de água, dificultando nossa travessia, pois desviavam o barco do rumo além de provocarem uma enxurrada dentro do barco. Do lado de boreste, armários, roupas, camas, painel elétrico, paiol, tudo constantemente encharcado de água salgada, mais uma vez demonstrando a total falta de responsabilidade do estaleiro que construiu o Matajusi. Vamos acertar esses problemas enquanto aqui na Nova Zelândia, mas fato é que não deveríamos tê-los em primeiro lugar.
Todos os barcos que chegaram juntos conosco tiveram o mesmo problema de não conseguir velejar no rumo correto. Alguns testavam suas bussolas, outros iam para a mesa de navegação refazer a rota, outros davam bordo mudavam o rumo, tudo em uma tentativa de entender porque não conseguíamos seguir adiante. Mas, no final, todos chegaram, congelados, e no nosso caso, também encharcados.
Eu ainda não tenho as cartas Navionics para Nova Zelândia, e as cartas que tenho Garmin e CMap estavam completamente fora, então, como entramos de dia, vim consultando uma carta de um panfleto que pegamos na Marina Tainá em Papeete, de Opua. Agora vou comprar as cartas que me faltam para completar a viagem de volta ao mundo, incluindo Nova Zelândia, Austrália, Indonésia/Indico, e África do Sul dos dois lados, Indico e Atlântico.
Chegamos a Opua as onze e meia da manha do dia doze, e mesmo sem ser supersticioso, evitei entrar no dia seguinte, sexta-feira dia treze! Na reta final para o píer do Customs, onde ficaríamos em quarentena até passarmos pela vistoria, fritamos meus dois últimos filés de carne Uruguaia comprados congelados em Raiatea. Estavam deliciosos e seriam jogados fora durante a vistoria. Na vistoria, recolheram tudo que tinha semente, carne ou osso, mas já havíamos doado quase tudo que tínhamos para as famílias pobres de Tonga. Mesmo assim, encheram um saco de lixo dos grandes com caçarolas de pato em lata, molhos de macarrão com carne moída, feijões, grãos de bico, lentilhas, frutas e verduras.
Depois que passamos pela vistoria do barco e do casco, chamamos pelo VHF radio a marina de Opua para ver onde iríamos atracar, e fiquei surpreso de saber que eles estavam com a última vaga. Todos me disseram pelo caminho que eu não precisaria fazer reserva, pois tinha lugar para todo mundo! No final, fiquei na vaga D13 até hoje, e amanha mudo para outra marina, a Ashby's, aqui pertinho. O Beduína e o Canela estão lá.
Estou trabalhando muito no barco e nos contatos com profissionais locais e marinas, além dos emails, então vou escrever mais depois, contando sobre todos os outros brasileiros que encontramos por aqui. Amanha temos churrasco na casa da Patrícia, outra brasileira que mora por aqui, e vamos conhecer ainda mais brasileiros. Essa vida social está ótima, mas atrapalha minha rotina de trabalho para hibernar o barco até nosso retorno em Março de 2010...
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