Ilha Grande e Ilha Linton - Panama:
Ilha Grande e Ilha Linton - Panama:
(Fotos por Silvio Ramos e Lilian Monteiro).
Porvenir:
Com vento noroeste entre 15 e 25 nós, saímos tarde de Porvenir a caminho de Colon e já sabia que teríamos que parar no caminho ou chegar de madrugada em Colon. Como por aqui chegar à noite em qualquer lugar é sempre arriscado por causa dos corais, chamei o Tin Tin pelo radio e pedi uma sugestão de ancoragem que conseguíssemos chegar ainda de dia para o Guillermo, pois ele tinha o guia do Eric Bauhaus, muito melhor do que o do Zydler, recomendado no livro do Jimmy Cornell. A primeira sugestão foi Miramar e mudei minha rota para lá, mas quando fui checar nos detalhes, a mudança me fazia passar por dentro do banco de Escribanos, então voltei à minha rota inicial, que havia preparado antes de sair de Porvenir e que passava por fora de qualquer baixio ou área de corais. O Guillermo do Tin Tin, chegou a sugerir outra ancoragem, na Ilha de Cuili, mas isso me desviava da rota original, então decidi seguir como planejado, e fomos para a Ilha Grande, na metade do caminho entre Porvenir e Colon.
Estudei muito as cartas que tinha, todas eletrônicas, pois sabia que iríamos chegar à noite, e isso foi muito bom, pois você sempre fica tentado a cortar algum caminho no visual, mas isso somente depois de conferir as cartas e ter certeza de que não tem nada pelo caminho. Por isso, resolvi passar por fora de tudo e não arriscar passagens estreitas. Resolvi também ancorar atrás da Ilha Grande, ao invés de ancorar na baia de Porto Lindo, atrás da Ilha Linton, considerada a melhor ancoragem de toda a área, mas com uma entrada mais estreita.
Ilha Grande:
Chegamos à Ilha Grande por volta das 20:30h e fui, devagarzinho, me ambientando com o lugar, usando o radar e a sonda. Um truque para se ter mais confiança na carta é usar o radar em cima da carta e ver se os objetos estão no mesmo lugar na carta e no radar. Nem sempre isso acontece, como no caso de quando chegamos a Los Roques, mas por aqui, a carta parecia estar bem sincronizada com o radar. Mesmo assim, não podemos confiar, pois corais crescem e onde podia ter calado no passado, pode não ter mais, e como a noite não temos a vantagem da visibilidade, entramos bem devagar e ficamos atentos para qualquer barulho de arrebentação. Ancoramos, e preparamos o barco para irmos dormir.
No dia seguinte, fomos visitar a Ilha Grande de botinho. Descemos e andamos pelo pequeno povoado, tiramos algumas fotos, mas não tinha mesmo muito para se ver ou fazer por ali, então voltamos ao bote e atravessamos para o continente, para a vila de La Guaira. Lá encontramos uma vendinha aberta e aproveitamos para comprar alguns itens, pois nossas provisões estavam baixas.
Como à noite balançamos um pouco, resolvemos não ficar por ali nem mais um dia, levantando ancora rumo ao ancoradouro da Ilha Linton.
O Kan Chu me pediu para falar um pouco sobre nossas ancoragens e o Paulo Fax pediu para falar das documentações e seus custos, então vou tentar adicionar mais esses detalhes nos relatos.
Usamos uma ancora Bruce, de 20 quilos, e 50 metros de corrente de oito milímetros. Nossa ancora é superdimensionada, pois o indicado para o meu barco seria uma ancora de 15 quilos. A corrente esta dentro do parâmetro para o tamanho e peso do barco, mas o mais comum nos outros barcos de igual tamanho é de 10 milímetros. Em geral, procuramos uma área com areia para jogar a ancora. Por aqui é fácil identificar areia, dada a claridade da água. Antes eu usava o critério de 3 vezes a profundidade, aumentando para cinco ou mais quando o vento apertava, mas hoje em dia, uso os cinquenta metros sempre que posso, quando tem espaço para rodar, pois por aqui se diz que corrente dentro do paiol não tem serventia. O único problema com isso é o desgaste maior do guincho, mas a segurança aumenta. O vento em geral não muda muito nessa época do ano, então nem sempre é necessário usar uma ancora de popa, mas quando se ancora próximo ao continente, entra um terral e como sempre ancoramos o mais próximo do recife possível, para se pegar menos profundidade, um terral nos jogaria em cima do recife, então metemos uma ancora de popa. Minha ancora de popa é uma Fortress 7X, e em geral uso com 15 metros de corrente de 8 milímetros e cabo de 16. Eu primeiro ancoro de proa, e depois do parco parado, levo a de popa de botinho.
A Lilian já participa mais efetivamente quando ancoramos ou levantamos ancora. Em situações menos complicadas, ela vai gerenciar a ancora enquanto eu manobro o barco. Uma coisa que passamos a fazer, observando os outros barcos, foi soltar a roldana do guincho para deixar a ancora cair mais rápido. Antes eu descia a ancora no guincho e isso demora demais. Com vento forte fica difícil controlar o barco enquanto a ancora não chega ao fundo.
Ilha Linton:
Quando entramos na baia de Porto Lindo, fiquei impressionado com o numero de barcos ancorados por ali! Como haviam bóias e outros objetos não identificados pelo caminho, chamei no canal 72 procurando por alguma ajuda para entrar na área onde os barcos estavam ancorados, mas ninguém respondeu, só depois soube porque, a maioria dos barcos estavam vazios, alguns em avançado estado de deterioração! Alguns cruzeiristas simplesmente deixam o barco por aqui, sem qualquer cuidado, e voltam aos seus lugares de origem. Alguns não retornam mais, e os barcos vão ficando. O próprio barco usado pelo Eric Bauhaus, que escreveu o guia do Panama, estava ancorado do nosso lado, e bastante deteriorado pela exposição ao sol e maresia. Conversando com os nativos sobre a opção de ir a Colon, todos sugeriram contra, pois estava muito perigosa a cidade e a única opção de ancoragem era a Shelter Bay Marina, que fica do lado Oeste da baia. Isso me preocupou, pois o custo em taxi entre Shelter Bay e Colon seria muito grande, e além disso, eu não havia recebido confirmação por email da marina de que havia lugar. Resolvi ficar em Porto Lindo e fazer o que tinha que fazer em Colon de ônibus.
Aproveitei à tarde para fazer um novo pão, mudando um pouco a receita da Nelly de Los Roques, para acrescentar uvas passas e mais açúcar, com menos sal, tentando chegar próximo dos mufins do Dunkin Donuts que eu gostava tanto de comer quando morava nos EEUU. Estou chegando bem próximo dele!
No dia seguinte sai para um mergulho e trouxe alguns peixes para suplementar nossa comida que já estava ficando escassa. A gente acaba comendo as coisas gostosas no começo, logo depois que fazemos suprimento do barco, e depois só restam itens normais, que acabam ficando repetitivos demais.
Os macacos:
Na volta, enquanto limpava os peixes, para minha total surpresa, notei no píer da Ilha Linton um casal com uma menina de uns 6 anos, brincando com alguns macacos grandes, que logo reconheci como macacos aranha. Mas estranho! Eles andavam de pé, como humanos, e pareciam totalmente domesticados! Quando terminei com os peixes, chamei a Lilian e fomos para o píer, com algumas guloseimas de macaco para oferecer à eles.
Chegamos lá e, depois que dei uma boa encarada no macho que veio me provocar com tentativas de tapa na cara e de pegar meu chapéu, tudo parecia muito normal, então acompanhamos os macacos até uma casa que eles tomaram como sua. Estávamos alimentando o macho e a fêmea alfas (chefe) e na foto podemos ver a menininha entrando na casa dos macacos para alimentar uma outra fêmea que estava lá dentro. De repente a coisa mudou! O macho pulou para dentro da casa e atacou a menina. O cara que estava com ela tentou apartar com uma câmera e isso distraiu o macho que passou a tentar tirar a câmera do cara. A menina saiu da casa chorando e sua mãe a levou rápido para o bote deles, enquanto todos os macacos entraram em atitude de ataque. Nisso começo a sair de fininho, com uma das fêmeas me seguindo. Retornamos ao píer e para dentro do bote. Ufa! Quando não é pirata é macaco!
A partir desse dia passamos a alimentar os macacos quase todos os dias ao final da tarde, quando eles retornam da floresta e vem dormir na casa deles. Tivemos mais um incidente, quando os macacos pareciam estar na floresta e eu fui com a Lilian na ilha, bem no meio do território deles, para apanhar alguns cocos que haviam caído e estavam no chão. Quando eu estava bem no meio do terreiro, cortando a casca de um coco com o facão, percebi um movimento na casa, e de dentro saíram os três macacos em marcha rápida na minha direção. Gritei para a Lilian por o bote na água, pois o havíamos puxado até a praia, e comecei a andar rápido para a praia e depois para o bote, sempre olhando para trás. Uma das fêmeas estava me alcançando, então joguei um dos cocos na direção dela. Ela só olhou e passou a andar mais rápido ainda, o que me pôs a correr para o barco. Não que eu tenha medo de macaco, e ainda estava com o facão, mas, o lugar era deles e eu queria evitar um confronto onde eles, ou eu, podíamos nos machucar. Cheguei ao bote que a Lilian já tinha puxado para a água, e os macacos correram para cima da arvore onde estávamos embaixo. Eles pareciam que iam pular de lá nas nossas cabeças, então fiquei de facão pronto no caso de ter que me defender deles. Nisso o macho perdeu o interesse indo para a floresta, e ficamos alimentando as fêmeas, eu de dentro d'água e elas penduradas próximas a mim. Ficamos surpreendidos quando elas acabaram de comer e desceram para os ramos mais baixos para beber água do mar, que pegam com as mãos e viram para dentro da boca.
Com isso conhecemos o Don, nossa mais nova amizade relâmpago. Ele tem 52 anos, é descendente de alemão, nascido em New Orleans, e a mais de 20 anos morando em barco, agora no Windancer. Um dos entretenimentos dele é ficar parado de caiaque perto da ilha dos macacos, quando pessoas que não conhecem as regras dos macacos entram na ilha e algumas acabam sendo atacadas. Na semana anterior ele viu os macacos arrancarem um dos olhos do cachorro de outro barco ancorado por aqui. Eu vi esse cachorro depois, com somente um olho! Ele já viu os macacos arrancarem um pau das mãos de outro visitante, e o atacarem com o pau! Ontem soube de uma mulher que teve que levar mais de cinqüenta pontos pelo corpo, quando foi atacada pelos macacos.
Consegui duas versões sobre a existência dos macacos aranha na Ilha Linton, uma que eles pertenciam a uma família e quando cresceram e começaram a se comportar como macacos, eles os soltaram na ilha, e outra que eles eram usados nos treinos de sobrevivência na selva dos americanos, que quando foram embora os deixaram lá. Eles já estão lá a mais de 8 anos.
Precisávamos fazer supermercado, então fomos de ônibus ($2.50/pessoa) até a cidade de Sabanitas à uma hora e meia de onde estávamos, fizemos compras no supermercado Rey e voltamos de taxi ($30.00).
Panamarina:
Precisávamos também de água para os tanques do barco, por isso fomos até a Panamarina, a uns 30 minutos de botinho da Ilha Linton e agendamos uma estada do barco na Panamarina. Eles tem internet (lenta, $2.00/hora), e eu tinha que mandar as fotos de San Blas para meu irmão Sergio para que ele as postasse no blog. Marcamos para daí a dois dias. Por aqui o tempo simplesmente passa... Não sei que dia, de que mês, ou que horas são. Não temos compromisso nem agenda, simplesmente vivemos e aproveitamos as situações que se apresentam o mais que podemos.
No dia marcado, mudamos o barco para a Panamarina e passamos a comer no restaurante do Jean Paul e da Sylvia, donos da marina. O ossobuco deles é espetacular! Esperava passar uns dias por lá, abastecer o barco com água, e aproveitar para ir ate a cidade do Panamá para comprar alguns itens para o barco. Enquanto estávamos por lá, usei bastante a internet, e ajudei a todos com seus problemas com os notebooks. Vírus, discos a muito sem reorganização, ou mesmo aqueles que não sabiam como fazer isso ou aquilo.
Tinha preparado uma lista que continha um gerador a gasolina de 2kva, um interface SeaTalk/NMEA novo pois o meu queimou. Estou guardando para a Marine Express me dizer por quê. Desconfio que o alarme alto que puseram dentro do barco, que é conectado por essa interface, puxou muita corrente da placa, pois quando estávamos no meio de muitos navios, ele tocava muito. Na lista tinha também baterias novas, e cabos de chupeta de bateria para eu usar para aterrar a targa, o guarda-mancebo e os brandais quando ancorado ou atracado. Dizem que isso tira a eletricidade estática do barco e evita raios.
Combinamos com um casal de franceses de racharmos um taxi ($160) e irmos procurar pelos itens nas nossas listas, e na volta ainda fazer um supermercado. Contratamos o Jose, um taxista conhecido na Panamarina, que conhece muito bem a cidade do Panamá. Saímos as 7:30h e retornamos as 21:30h, um longo dia, mas, resolvi a maior parte das pendências do barco. Comprei um gerador Honda 2000 EU Inverter ($1,170.00), encontrei a placa NMEA ($158.00), comprei três novas baterias Optima Blue Top, 75apms ($340/cada) e dois cabos de bateria ($25.00/cada), além de mais uma viagem para o supermercado.
Chegando ao barco, já fui logo preparando o gerador, pois tinha ficado nublado o dia inteiro, e as placas não haviam carregado as baterias o suficiente. Fiquei até a 1:30h da manha entre por óleo e conectar o gerador ao barco, ligar e carregar as baterias o suficiente para durar até de manha. Funcionou uma beleza e agora não ligamos mais o motor do barco para carregar baterias, somente o gerador. Esse item é um dos mais importantes a bordo de um barco de cruzeiro, pois funciona em qualquer necessidade, seja porque a bateria do motor esta sem carga para dar no arranque, ou para carregar as baterias de serviço, ou para alimentar o 110 v do barco quando estamos trabalhando muito com computadores a noite.
No dia seguinte instalei as novas baterias, mudei a programação do Prosine 2000 para se adaptar às novas baterias, instalei a nova placa NMEA, e preparei os cabos de bateria para aterramento do barco contra raios. Tudo funcionando as mil maravilhas! Agora, se percebemos que não vamos ter bateria o suficiente para a noite, damos uma carga com o gerador antes de irmos dormir. Uns trinta minutos são suficientes. As baterias agüentam até 15.7 volts e até 100 amps/hora de carga, mas uso no máximo 14.2 volts e 60 amps para não forçar muito.
No final, fomos para a Panamarina para encher os tanques de água, e eles não tinham água, então voltamos ao ancoradouro da Ilha Linton.
Comprei um equipamento de fazer água doce da água do mar ($5000) que deve chegar a alguns dias no Panama. Chama dessalinizador (watermaker) e separa todos os sais e minerais da água do mar, aproveitando 10% da água que filtra e jogando os 90% restantes de volta para o mar, aproveitando para limpar os filtros. O equipamento escolhido foi um Spectra 200T 12V que é modular, assim podendo ser instalado em lugares diversos no barco, trabalha com 12 volts, então usa a própria energia das baterias e dos alternadores e geradores do barco, e produz 30 litros de água doce por hora. Esse equipamento é importantíssimo no Pacifico, pois água por lá é ainda mais difícil do que por aqui. Hoje, quando queremos água para os tanques, temos que encher as garrafas de água de 5 ou de 10 litros que fomos comprando com água doce e guardando, e carregamos no botinho do lugar onde as enchemos, até o barco. Às vezes temos que fazer várias viagens.
De volta a Ilha Linton:
Através do Don, soubemos da Sarah, uma americana em Porto Lindo que lava roupas para fora ($4/carga), e fomos levar algumas roupas para ela lavar. Deixamos o botinho na praia e fomos a pé. Na volta, resolvemos dar uma caminhada pela estrada de terra e encontramos o home-preguiça! O Roger é um americano de New Orleans com 72 anos que depois de viver uns 20 anos velejando pelo Caribe, chegou a Porto Lindo, comprou um terreno com uma vista linda para o mar, e construiu varias casas. Ele cria bichos-preguiça! Sabe tudo sobre eles! Tem quatro permanentes na sua casa, que criou desde filhotes, e mais umas 4 que vão e voltam para a floresta morro acima. Uma, cada vez que tem cria nova, vem mostrar para o Roger e sua esposa Binnie. Ficam algumas semanas no seu grande quintal, e depois retornam para a floresta.
Nessa altura, chegaram o Tin Tin e o Ubatuba. Ancoraram também na baia da Ilha Linton e temos saído juntos. Fomos juntos para Colon de ônibus e escolhemos o dia errado, pois choveu torrencialmente o dia todo. Chegando a Colon, o Guillermo escorregou atravessando a rua e levou a Isabel junto para o chão. Ficaram ensopados e verdinhos do limo da rua! Aí resolvi chamar um taxista amigo do Don, o Rolando, e ele nos veio buscar. Passamos o dia tratando da documentação dos barcos e tripulantes. Primeiro à Imigração, tirar o visto. Depois, como a única funcionaria que carimba tinha ido almoçar, fomos à Capitania dos Portos para dar entrada dos barcos em Colon. Havíamos dado zarpe de Porvenir para Colon, e agora demos entrada em Colon, para depois pedir o zarpe de Colon para Balboa, do outro lado do canal. À tarde, de volta a Imigração, pagamos $30, mas não tivemos custo na Capitania. Fomos também à autoridade do canal e fizemos um levantamento do que seria necessário para cruzarmos o canal. Marcamos tentativamente o dia 10 de Maio para cruzar.
Andando em Colon, achei uma casa de autopeças e aproveitei para comprar óleo para o gerador, mais um ventilador 12 volts para o barco, esse mais especificamente para esfriar o carregador de baterias, pois esta esquentando muito, e um desses mini-compressores que trabalham com a energia do carro e são usados para se encher pneus. Eu vou usá-lo para re-encher as defensas, Pois elas são muito grandes e tomam muito espaço quando estamos em travessias, então vou esvaziá-las e tornar a enchê-las quando as precisarmos de novo.
Vou parar por aqui, aproveitando que estamos visitando o Roger e a Binnie e eles tem internet wireless high speed, então vou mandar o relato até aqui, e ver se consigo mandar algumas fotos.
Na próxima coluna vou relatar mais das nossas aventuras no Panamá.
Convido meus leitores a se comunicarem comigo pelo e-mail matajusi@gmail.com, e a acompanharem notícias sobre o Matajusi no site do projeto, www.matajusi.blogspot.com<http://www.matajusi.blogspot.
Se quiserem receber automaticamente informação sobre novas colunas online, registrem seu e-mail no FeedBlitz, pelo link, <http://www.feedblitz.com/f/?