domingo, agosto 30, 2009

Ancorado na Baia de Opunohu, Moorea

Lilian com os tubarões

Exibir mapa ampliadoPosição S17 29.368 W149 51.166 29/08/09
Chegamos a Opunohu e ancoramos do lado de vários veleiros que por aqui já estavam, inclusive o Shellette, catamaran do Mike e da Marnie, que haviam nos convidado para uns drinks à bordo. Fomos dar uma caminhada e na volta fomos para o Shellete, onde ficamos até tarde da noite, batendo um bom papo com o Mike, a Marnie e o Gary, irmão do Mike. Aprendemos que o Mike também trabalha a bordo, onde instalou um Iridium para mandar e receber dados das bolsas de valores do mundo, pois ele é especialista em ações e vive disso.

Combinamos um mergulho com os tubarões no dia seguinte, eles de garrafa e eu no mergulho livre. Desci aos vinte metros onde eles estavam cercados por tubarões, e alguns bem crescidinhos, passando dos três metros. Eu entrei na água com apenas um arpão, sem arma, para me defender no caso de algum tubarão se meter a engraçadinho, mas um dive master que estava no fundo me viu com o arpão na mão ainda na superfície e fez sinal que eu tinha que mergulhar de mãos livres. Concordei e deixei o arpão no botinho. Quando o dive master foi embora, eu ainda estava na água, mas o Mike e o Gary já estavam de volta, e ele fez questão de passar pelo botinho para dar um pito nos dois, que não era permitido caçar na área de alimentação dos tubarões. Quem estava caçando?

Depois do mergulho com os tubarões, o Mike e o Gary voltaram para o Shellette e eu pedi para eles me deixarem perto dos recifes de dentro da baía, pois queria mergulhar um pouco mais. Fiquei umas duas horas na água, e aproveitei para comer umas pahuas e uma ostra de pérola negra, só que não achei nenhuma pérola.

Depois eu e a Lilian fomos caminhar e no caminho achamos um pé de goiaba vermelha, sem bichos! Estavam uma delícia. Na volta encontramos com vários cruzeiristas que estavam fazendo um pic-nic na praia, e paramos para nos apresentar e bater um papo. Eles iam mergulhar com as raias no dia seguinte, e nos convidaram, mas a Lilian não gostou da idéia das raias subirem em cima dos mergulhadores... então, decidimos ir juntos ver os tubarões. Ela nunca havia visto um tubarão debaixo d'água, e teve a oportunidade de mergulhar no meio de uns dez galhas pretas entre um metro e meio e dois metros de tamanho. Um barco estava atirando pedaços de peixe para os tubarões subirem e ficarem perto da superfície, e eu e a Lilian aproveitamos para entrar no meio da festa. Levamos a máquina fotográfica, desta vez dentro de um plástico estanque, e tiramos muitas fotos. Quando o barco foi embora, sobramos só nos dois no meio dos tubarões, e depois de um tempo percebi um deles mostrando sinais de agressividade, quando eles se contorcem. Consegui uma foto da boca dele quando ele passou por cima de mim, mas achei mais prudente voltarmos ao botinho, pois eles queriam peixes e nós não tínhamos. Na volta paramos em outro recife na entrada da baía e mergulhamos mais um pouco, aproveitei para colher algumas conchas para polir depois e guardar na nossa coleção.

Já que eu estava com roupa de mergulho, limpei o casco do barco e o hélice para ver se acaba os trancos que tem quando reverte e muda de novo para avante. Depois fui mergulhar pela baía e colhi mais algumas conchas. Vi garoupas e linguados de bom tamanho, mas aqui dizem que não se pode consumir esses peixes, então não pesquei nenhum.

Estamos preparando o barco e seguir para Huahine. São oitenta e duas milhas e vamos cruzar durante a noite, chegando lá já de dia e com sol por cima, para facilitar a entrada ao passe. Estudei vários guias além de rever as fotos que tirei do Google Earth, e acredito que nossa entrada vai ser tranqüila. Os ventos mudaram de NW para SE hoje e devem ficar de SE por uns dias. Amanhã temos previsão de SE de vinte e cinto nós, mas nessa altura já deveremos estar ancorados a NW da ilha de Huahine.

A baía que ficamos em Opunohu, Moorea é rasa e transparente, vendo-se o fundo de areia branca. Ancorei com trinta metros de corrente e ancora Bruce de vinte quilos, em profundidade de seis metros, e ainda mergulhei para ajeitar a ancora e botá-la de pé. O vento virou várias vezes enquanto estávamos aqui e o barco permaneceu bem ancorado.

Não fizemos nenhum documento de entrada ou saída de Moorea e não vamos fazer também nas próximas ilhas até Bora Bora. Lá vamos precisar fazer para recuperar o Bond que pagamos em Papeete.

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