quarta-feira, outubro 21, 2009

Ancorado em Haano, Haapai, Tonga:


Posição: S19 40.269 W174 17.328 21/10/09 17:51h Local (UTC -13)
Perguntei ao Marcelo do Sarava que tipo, cor e comportamento de isca ele estava usando, e ele disse que usava uma rapala de meia água, cor azul e prateado.

Logo troquei minha isca por uma rapala azul e prateada com chocalho, e não deu outra, logo embarcamos um atum pequeno que limpei rapidinho e preparei para o sashimi da tarde. Depois troquei de isca e pus uma lula pequena de cor azul e prateado, com anzol grande especial para água salgada. Um pouco depois e um peixe fisgou forte. Do barco víamos os pulos que o peixe dava, saindo alguns metros da água. Mantive a linha esticada e fui recolhendo enquanto a Lilian diminuía a velocidade do barco, pondo a dez graus do vento. Enquanto eu e Lilian trabalhávamos o peixe, o piloto soltou e foi uma encrenca conseguir manter o peixe e a linha, que queria roçar em cada quina do barco. Mas, conseguimos trazer o peixe até a borda, reconhecendo nele um dourado de bom tamanho. Passei a vara para a Lilian segurar enquanto eu pegava a fisga e fisgava o dourado pela cabeça. Suspendi o peixe e o embarquei, criando uma tremenda sujeira de sangue pelo cockpit todo. Não pesamos, mas estimo uns doze quilos ou mais. Como ele não parava de se debater, pedi para a Lilian pegar o martelo e dei umas boas marteladas na cabeça dele até ele apagar.

Tirei os dois filés e mais uma ova gigante, e joguei a carcaça de volta na água. Da água veio e para a água retornas!

Chegamos a Haano lá pelas quatro e meia da tarde, e ancoramos junto com os outros barcos que chegaram conosco e os outros que já estavam por aqui. Ficou meio apertado e acabei ancorando mais perto dos corais do que gosto. Passamos uma noite tranqüila, com água bem calma, e na manha de hoje levantei ancora e ancorei em um lugar mais fundo.

Todos os barcos brasileiros partiram hoje cedo para outra ilha mais a sudoeste daqui, mas eu estava com preguiça e acabei ficando. O Beduína esta trabalhando em um dos motores e ficou também. Nisso acabei trocando uns arquivos de guias de varias áreas no Pacifico com outros que eu já tinha, com o pessoal do Wassabi, um barco que havíamos conhecido na regata de Neiafu. Conversando, soube que eles iam mergulhar à tarde, e me convidei para ir junto. Eles gostaram da idéia, principalmente pela minha experiência em caça submarina, e quando mergulhamos, eles ficaram sempre próximos de mim observando minha técnica. No final, voltei com um sargo (ou similar) de uns cinco quilos e um budião verde de uns três quilos, que dei para o pessoal do Wassabi. Combinamos uma cerveja para conversarmos sobre minhas experiências com caça submarina.

Para amanha, vou seguir um pouco com o Wassabi, Alexandre VI e Cat Mousse e vamos para outra ancoragem umas quinze milhas a sudeste de onde estamos. Depois penso em ir direto para TongaTapu para conseguir pegar uma ancoragem descente, pois tem muitos barcos descendo para lá para aguardar a janela de saída para a Nova Zelândia. O vento e a água estão esfriando a ponto de começar a ficar desconfortável. Vou precisar comprar uma roupa de mergulho apropriada.

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