sábado, setembro 12, 2009

Ancorado em Bora Bora:


Exibir mapa ampliadoPosição S16 32.217 W151 41.934 11/09/09 23:43h (-10 UTC)
Ontem pela manha, cruzamos de Raiatea para Bora Bora, passando por Tahaa, pois o passe PaiPai fica mais próximo de BoraBora. Subimos de Raiatea para Tahaa por dentro da lagoa, usando somente a genoa, e fomos de genoa até próximos ao passe, quando o vento ficou de frente. Saímos pelo passe sem vela, e só abrimos vela quando viramos para BoraBora, já fora do passe. Usei a genoa junto com a mestra inteira por uns ¾ dos caminho, depois tive que risar a mestra pois entrou um squall de chuva que trouxe ventos acima dos vinte nós. Fomos o resto do caminho até o passe de entrada de BoraBora com as duas velas, e só reduzi pano para entrar pelo passe.

Enrolei genoa e baixei a mestra e entramos em arvore seca pelo passe. Logo após o passe tem uma ilhota do lado direito de quem entra, e percebi uma água mais rasa, com vários veleiros ancorados lá. Como quase todos os ancoradouros recomendados estão acima dos vinte metros de profundidade, preferi ir para esse ancoradouro e ficar por lá para a noite. Lá ancorei com seis metros de profundidade e paguei cinquenta metros de corrente para ficar bem a vontade durante a noite. Dormimos muito bem, com exceção dos barcos que passavam a toda pela nossa popa, criando uma marola que explodia contra a popa. Decidi não ficar por ali para o dia seguinte.

Acordamos cedo com o sacolejar provocado pelos barcos que passavam, e nos preparamos para ir para a cidade, pois queria resolver logo a devolução do Bond que pagamos em Papeete e completar o tanque com diesel comprado sem imposto, menos da metade do custo. A devolução do Bond se passou sem problemas, mas tivemos que ir à Gendarmeria para fazer a saída da Polinésia Francesa. Dissemos que íamos sair durante o fim de semana, mas essa não é nossa intenção, pois os ventos vão estar melhores depois de terça-feira. O banco não tinha dólar americano para devolver, então pegamos a devolução em Euros.

Almoçamos uns sandwiches em um barzinho na frente do porto e resolvemos tudo que tínhamos a resolver ate as duas horas da tarde, aí saímos para o outro lado da ilha, para encontrar com os dois barcos brasileiros que por lá estavam, o Beduína do Hugo e Gislayne, e o Pajé, do Mario e Paula. Já conhecíamos muito os dois das historias por todos os lugares que passamos, pois todos perguntavam se conhecíamos os dois, alias, tinham uns sete barcos brasileiros juntos, incluindo o Itusca, o Bicho Vermelho, e o Brasil Canela. Através do Bicho Vermelho, que conhecemos na net das 8:00 horas na freqüência 4146 do SSB, soubemos que os brasileiros se reuniam pelo SSB na freqüência 8143 as dezenove horas todos os dias, então passamos a nos comunicar com o grupo e soubemos que o Beduína e o Pajé estavam no lado Oeste de Bora Bora.

Para chegar onde eles estavam ancorados tivemos que passar por uns lugares bastante rasos, apertados e cheios de cabeços de coral, e chegamos a ficar com zero de profundidade a um ponto onde erramos a interpretação de uma marca cardinal oeste. Passamos a Oeste, mas esse era o lado raso, e a coisa ficou preta rapidinho. Cheguei a dar ré umas três vezes, e finalmente passamos, mais por muito pouco não batemos nos corais.

Chegando onde estavam o Beduína e o Pajé, ancoramos com um metro e meio de calado com trinta metros de corrente, e fomos visitar o Beduína, levando uma penca de bananas maduras de presente para cada barco. Ficamos até tarde no papo com o Hugo e a Gislayne e ficamos impressionados de quantos amigos em comum tínhamos.

Voltamos para o Matajusi depois das dez da noite e eu ainda fui cozinhar um polvo. Tomamos um lanchinho e estamos indo dormir.

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