quarta-feira, setembro 01, 2010

Wunpuko e travessia para Vanua Lava, em Banks:

Levantamos ancora de Hog Harbor as seis e quarenta da manhã e zarpamos na direção de Wunpuko, uma navegada de cinquenta e duas milhas, onde ancoramos as duas da tarde, ancoragem em areia grossa e negra, ou seja, preocupação constante com o barco! No final, com muita corrente na água, a ancora segurou bem e não tivemos problemas.
Fomos o segundo barco esse ano a visitar Wunpuko, e o primeiro barco brasileiro a pisar naquelas terras. Como a maioria dos cidadãos de Vanuatu, os de Wunpuko também adoram brasileiros e nos receberam muito bem. Por sorte, o primeiro nativo que conheci, o Gaspar, era o filho mais velho do chefe da aldeia, então ele organizou uma seria de eventos para a gente. Chegamos, desembarcamos a remo, pois queria chegar logo à escola onde ia dar os livros do Projeto VEO que carregamos desde a Nova Zelandia enquanto as crianças ainda estavam lá, mas soubemos que a escola estava de férias , então combinei com o Principal da escola para as nove da manha do dia seguinte, onde as crianças da vila viriam para a entrega dos livros e para uma apresentação minha sobre a nossa volta ao mundo. Eles me convidaram para um almoço no dia seguinte depois da apresentação, preparado pela Momy, a cozinheira chefe da escola, e ainda combinei uma caçada com o Frelix, um garoto sobrinho do Gaspar. Depois da conversa com o Principal, caminhamos pela aldeia e retornamos ao barco, para eu preparar a apresentação do dia seguinte, uma tarefa que se estendeu até as dez da noite.
Ontem acordamos cedo e logo recebemos a visita do Principal, dizendo que tinha que ir para Joinville e que a apresentação começaria as sete e meia! Corremos com os dois computadores (um de backup) e fomos a remo para a praia. Logo estávamos na sala de aula que eles haviam aberto para a apresentação, e umas vinte crianças do primário e secundário já estavam por lá, todas vestidas em uniforme da escola. As sete e quarenta comecei a apresentação, que se estendeu até as nove horas, quando o Principal tinha que ir embora. Tiramos muitas fotos e retornei ao barco para imprimir em papel fotográfico uma foto minha com todas as crianças, que levei de volta, juntamente com um pacote de macarrão e um quilo de arroz, para contribuir no almoço.
O Gaspar trouxe dois galos selvagens que ele caçou com o estilingue, que foram juntados no almoço, incluindo nosso arroz e mais arroz deles, nosso macarrão, mais uns pacotes de um tipo de miojo, uma folha que eles chamam de repolho e inhame branco e amarelo. Estava uma delicia!
Depois do almoço, enquanto a Lilian visitava a aldeia acompanhada pela filha da Momy e a mulher do Gaspar, eu fui caçar com o Gaspar. Levei o revolver de chumbinho que comprei na Nova Zelandia e consegui pegar uma Nawambi, uma pomba parecida com a nossa pompa selvagem, que ficou para o Gaspar. Ainda fui dar uma mergulhada e peguei três peixes de uns dois quilos cada, que dei para o Gaspar e para a Momy. Retornamos ao barco para prepará-lo para a nossa partida agendada para as cinco da manha de hoje.
Hoje as quatro e quarenta levantamos ancora de Wumpuko, e tivemos a travessia mais molhada que já experimentamos. Foram oitenta milhas debaixo de onda e de chuva, com ventos de través entre quinze e trinta nós, e ondas de um a quatro metros. Com o swell entrando pelo través, ficamos de lado para as ondas, que passavam por cima do barco o tempo todo. A água estava morna e aproveitei para dar uma folga ao Jarbas, tocando o barco com a mão. Com isso aproveito melhor as ondas e ganho velocidade na travessia.
Chegamos as treze horas n a baia de Vureas em Vanua Lava, uma ilha do arquipélago de Banks no Norte de Vanuatu, ancorando em sete metros com quarenta metros de corrente, mais uma ancora Fortress de popa, com quarenta metros de cabo para evitar o swell, mas, acordamos agora com o barco balançando muito e percebi que uma das ancoras havia garrado (arrastado), então recolhemos as duas ancoras e ancorei somente com a Bruce de proa, com setenta e cinco metros de corrente em sete metros de fundo de areia.
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At 2/9/2010 03:33 (local) our position was 13°55.42'S 167°26.75'E, our course was 003T and our speed was 0.1.
No dia 2/9/2010 as 03:33 horas (local) nossa posição era 13°55.42'S 167°26.75'E, nosso curso era 003T e nossa velocidade era 0.1.
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