sexta-feira, setembro 03, 2010

As festividades de Vureas Bay:

A nova ancoragem segurou bem, mas continua balançando muito quando o vento não mantém o barco alinhado com as ondas. Não tem outro jeito, a gente se acostuma com o balanço.
Todos os dias, das nove da manha até as quatro da tarde temos assistido ao festival proporcionado pela aldeia de Vureas Bay. Eles tem apresentado muitos tipos de dança, a rotina de elevação de um novo chefe a um nível maior na hierarquia de chefia, que inclue a execução de um porco com porretadas na cabeça e varias danças com outros chefes, danças que somente chefes podem dançar, também a encenação de varias lendas da cultura deles, como uma viúva que se casa novamente e o marido retorna na forma de um diabo e a toca, terminando com sua vida, depois revivida pela curandeira da aldeia, mas com a lição de que se o marido morre a mulher deve permanecer sem marido. Eles tiveram uma exibição de tiro ao alvo com os arcos nativos deles, e isso me deu a idéia de oferecer demonstrar o meu arco. Eles gostaram da idéia e marcamos para o dia seguinte na hora do almoço. O almoço custa 200 vatu por pessoa (dois US dólares) e é servido em uma oca improvisada em restaurante. Incrível a organização das festividades! A área dos cruzeiristas, que pagam mil vatu por pessoa pela semana inteira de festividades, inclui um palanque coberto e com tapumes no chão para sentarmos, uma banheiro improvisado, com uma tampa velha de privada montada em cima de um quadrado de madeira e com um buraco na terra, em uma bacia com água doce para se lavar.
Como combinado, no dia seguinte eu levei meu arco com vários tipos de flechas e fiz uma demonstração de tiro ao alvo, que consistia de uma bananeira que eles cortaram e fincaram onde sugeri, para que as flechas acertassem um barranco de areia depois de passar pelo alvo. Não precisa dizer que em aldeia semi selvagem, esse tipo de apresentação, como de um caçador, gera muita atenção, então formaram uma fila enorme de nativos e cruzeiristas para ver a demonstração de tiro. Convidei o melhor atirador da aldeia para participar com seu arco e flechas, como demonstração, e usei uma folha de bananeira como referencia, similar em tamanho e forma a um porco selvagem. O primeiro tiro sempre é meio que de teste, para ver se o arco esta calibrado. Meus tiros ficaram sempre em um diâmetro de dez centímetros do centro alvo, mas com muito mais força do que os tiros do arqueiro da vila, o que impressionou a todos. Sugeri tiros a dez, vinte e trinta metros, para mostrar a potencia do arco, e a diferença era notável, pois com flechas muito pesadas com ponta de ferro longas, feitas mais para um tiro de perto, as flechas do arqueiro acabam caindo antes de chegar ao alvo, nos tiros mais longos, então sugeri que ele usasse uma das minhas flechas de alumínio, que funcionou perfeitamente no arco dele. Demos uns vinte tiros, e no final, trocamos de arco, eu usando o dele e ele usando o meu, e quase deu desastre! Ele atirou muito para cima, com a flecha passando por uma arvore, ricocheteando e caindo no meio do povo, ficando fincada no chão! Sem duvida ganhei a atenção dos nativos, pelos parâmetros deles, o de um bom caçador!
Devemos ficar por aqui até o fim das festividades na segunda-feira, depois partindo para uma ancoragem mais ao Norte, onde uma cachoeira cai de uma boa altura direto no mar! Estou amando Vanuatu!
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At 3/9/2010 17:56 (local) our position was 13°55.37'S 167°26.83'E, our course was 260T and our speed was 0.1.
No dia 3/9/2010 as 17:56 horas (local) nossa posição era 13°55.37'S 167°26.83'E, nosso curso era 260T e nossa velocidade era 0.1.

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