sábado, setembro 25, 2010

Varios marcos conseguidos:

Cruzamos nosso primeiro oceano, o Pacifico, por enquanto, o melhor dessa viagem. Cruzamos o Estreito de Torres, e a maior parte, à noite, para não ter que ancorar em algum lugar e esperar pela maré mais propícia, que chega aos cinco nós! Entramos no Oceano Indico! Agora só falta cruzar o Indico todo, e mais o Atlantico todo, e voltamos para casa pelo lado contrário por onde saímos...
Agora, o Murphy judiou da gente na travessia do Estreito de Torres!
Um combinado de incidentes, quase se tornam em acidente. Para começar, a Lilian estava dormindo em um mar muito grosso, e veio uma onda que jogou o barco de lado, atirando a Lilian da cama armada na sala quando estamos em travessia e a atirou no chão, dando uma capotada no ar. Caiu de costas no chão, e ainda meio que dormindo, precisou da minha ajuda par achar o Norte de novo! Ganhou um belo inchaço na lombar.
Depois, de novo a Lilian, agora preparando panquecas para o café da manhã, depois q eu encheu o liquidificador de farinha, ovos, açúcar e o que mais vai, veio outra onda enorme, que jogou o barco de lado de novo, jogando o liquidificador a correr pelo chão da cabine, deixando tudo merlado de farinha com ovos!
Para termninar, a noite, bem no meio da travessia do Estreito de Torres, de repente, tudo desaparece da carta da Navionics, a principal do barco, pois é a que o sistema Raymarine usa. Temos também CMAP 93 e Blue Chart, mas no notebook ou no GPS portátil Garmin, sempre carregado em duplicidade com a rota que estamos seguindo. Em rápida analise, cheguei a conclusão que a carta do Pacífico carregada no sistema havia acabado, mas, NÂO NO MEIO DO PASSE!!! Corri para tirar do sistema a carta do Pacifico e carregar a da Austrália, a US$250 cada uma! Voltei a ver os recifes a nossa volta, mas não mais os que acabamos de passar, ou seja, NENHUM OVERLAP entre as duas cartas, só por segurança!!! Mas, não para por aí, já volto com mais ABUSOS da Navionics...
Retorno à cabine, pois o sistema que fica com a carta está no cockpit, á noite, com água passando por cima, e todo o cuidado para não deixar entrar água salgada na área do cartão de cartas do sistema E80... e assim que retorno à cabine e sento novamente na frente da tela do monitor que mostra a tela do E80 que fica no cockpit, tudo apaga!!! Em rápida análise, conclui que poderia ser um pane na carta nova, ou, algo mais, e testei o nível de bateria, que estava muito baixo. Corri de volta para o cockpit para ligar o motor, apaguei o sistema inteiro, toquei o barco a mão por uns dez minutos, religuei o sistema, e tudo voltou a funcionar perfeitamente...
UFA!!! Será que isso podia acontecer no meio do mar ao invés de no meio das milhares de ilhas, recifes, bancos de areia do Estreito de Torres, que além disso tem corrente transversal de cinco nós, que empurra o barco de lado para fora do rumo e na direção de todos os perigos à navegação que existem por lá? E isso sem mencionar os navios, que passam a metros do nosso barco!!!
Amanheceu, terminamos de atravessar o Estreito de Torres, escolhendo o passe de Prince of Wales para não passar nem perto da Austrália, embora estando em território australiano, com o registro de não ter falado pelo rádio com nenhuma autoridade australiana, ou ser sobrevoado por aviões australianos, e ser abordados por barcos de patrulha da Austáalia, que estavam por todos os lados, disfarçados atrás de ilhas, mas que eu podia ver pelo AIS...
Entramos no Indico, direto de Port Moresby na PNG, sem parar para descansar ou dormir, preparei o barco para a rota de Bali, usando a sugestão do Jimmy Cornnel, e aí, outra surpresa da Navionics! Ainda na costa norte da Austrália, e dentro de território australiano, ACABA de novo a carta da Austrália!!! E pior, quando carrego a próxima carta, a da Asia (Outros US$250!), ela só começa em mais umas 100 milhas mais ou menos, deixando um buraco sem registro de ilhas ou outras marcações navais!!! Está certo que a Navionics muito provavelmente sabe de tudo isso e simplesmente usou de uma forma forçada para vender mais cartas, mas, segurança dos navegadores, seus usuários, deveria estar acima das suas políticas de Marketing! Eu gosto das cartas Navionics, mas deixo aqui minha sugestão para uma mudança que muito beneficiaria os clientes da Navionics.
Não estamos navegando sem carta, pois como disse, tenho as Blue Charts e CMAP 93 do mundo todo, então, enquanto o sistema da Raymarine não vê nada, uso o Raytech com a Navionics World, sem detalhes, as CMAP 93 com o MaXSea, e as Blue Chart com o Mapsource e o GPS Garmin.
Esse é nosso quarto dia de travessia, agora ajudando no motor, pois os ventos abaixaram muito, além de estar dissalinizando água para gerar água doce, carregando as baterias e os notebooks. Vento de quinze nós entrando pela popa, com velas armadas em asa de pombo e com a trinqueta caçada no meio. Depois de oito dias de travessia de Banks a PNG, com três dias em terra, partimos para outros doze dias de mar, com previsão de chegada a Bali entre dias quatro e seis de Outubro. Sei não se não vamos desenvolver guelras...
Agradeço a todos pelas muitas mensagens de feliz aniversario!...
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At 25/9/2010 11:35 (local) our position was 10°35.87'S 139°45.68'E, our course was 271T and our speed was 6.8.
No dia 25/9/2010 as 11:35 horas (local) nossa posição era 10°35.87'S 139°45.68'E, nosso curso era 271T e nossa velocidade era 6.8.
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