domingo, junho 07, 2009

De Balboa a Galapagos (San Cristobal)

De Balboa a Galapagos (San Cristobal):
(Fotos por Silvio Ramos e Lilian Monteiro).

O dia 25 foi um daqueles dias estressantes, cheio de tarefas para prepararmos o barco para a travessia para Galapagos, via Ilhas Perlas, o que incluía Lilian indo ao salão, supermercado, abastecimento de diesel e gasolina (gerador e motor de popa), e fazer a emigração. Saímos cedo de taxi e fomos para o shopping Allbrook, onde a Lilian iria ao salão e eu começaria o supermercado. Acostumado com a vida mansa no barco, esses dias já me deixam meio tonto, e acumule a isso o maldito cartão de credito do Bank of America que reservei para custear essa viagem, que a cada alguns dias trava com uma indicação que estão sendo feitas compras em lugares diferentes do habitual e requer uma ligação a meu custo ao Visa para justificar, mesmo eu tendo tido o cuidado de mandar por escrito ao Visa e ao banco o meu itinerário, e a cada vez que tenho acesso ao telefone lhes faço uma ligação informando que vou estar naquele lugar pelos próximos x dias. Agora ele estava travado, eu sem telefone, e com tantas compras para fazer antes de sair. Mais essa para estressar mais o dia.

Antes do supermercado passei por uma loja de produtos de tecnologia e comprei um disco rígido externo (USB) para manter backups dos computadores de bordo, e um CD/DVD read/write com todas as funcionalidades para usar no notebook que comprei para a Lilian que não tinha CD. Assim ela pode ir trabalhando na copia de CDs da minha filha Tatiana que vamos deixando de presente por onde passamos.

Compramos dois carrinhos no primeiro supermercado, mas como não tinham garrafões de cinco ou dez litros de água alem de sucos, fomos a um segundo supermercado e compramos mais dois carrinhos! No taxi de volta tinha pacote até no colo do motorista, e ainda passamos pela lavanderia e pegamos mais três sacos grandes de roupas que tínhamos deixado para lavar!

Toca a carregar todos os pacotes do taxi até o píer e carregar o botinho de brinquedo (vejam meus comentários sobre botes de cruzeiro abaixo) com tudo aquilo, mais eu e a Lilian. Ao todo foram quatro viagens do píer até onde o Matajusi estava ancorado, e isso com vento contra e ondas de frente! Mas essa é a vida de cruzeirista, a que escolhemos viver pelo menos por um tempo, então, sorria e bola para frente.

Com isso, ficou tarde para fazermos a emigração, além de termos que ajeitar tudo que compramos no barco, então tivemos que abortar a saída e zarpar no dia seguinte.

Ficamos até tarde arrumando o barco, e fomos dormir tarde, acordando tarde no dia seguinte. Nisso, perdemos a maré para entrar na área de abastecimento da Marina Flamenco, onde também tem um escritório da emigração. Ancoramos fora da marina e fomos fazer abastecimento por translado, enchendo galões de quarenta litros de diesel, retornando ao barco, transferindo o diesel dos galões para os tanques na base da mangueira, que com o mar balançando é uma manobra sujeita a vazamentos de diesel pelo convés. Depois da primeira viagem, muito trabalho e pouco vazamento depois, acabou que a emigração estava fechada, pois a única funcionaria capaz de carimbar os passaportes estava doente. Então deixamos para completar os tanques no Balboa Iate Clube, onde também tem um escritório da emigração. Quando lá chegamos, desembarquei a Lilian no bote transporte do iate clube e amarrei em uma bóia por perto, pois eles estavam sem combustível, então teríamos que voltar à Marina Flamenco para finalizar o abastecimento.

Acabamos zarpando para Galapagos com uma escala na Ilha San Jose em Las Perlas, lá pelas 16h30min e logo estávamos na nossa primeira travessia no Pacifico! E que travessia! Pelo menos no começo. Com mar de almirante, ventos fracos mas favoráveis, fomos descendo a baia do Panamá em direção à Ilha San Jose. Eu havia trocado a antena do topo do mastro e queria testa-la com o radio Icom e também com meu novo radio Yaeso, pois esse permite potencia até 50W, o dobro dos 25W dos rádios VHF normais. Fomos testando o alcance dos rádios com o Tin Tin e o Ubatuba e passamos das 30 milhas de alcance!

No nosso primeiro dia de travessia no Pacifico vimos muita vida animal, com baleias cortando nosso rumo e se desviando do barco, uma duvida que eu ainda tinha, raias e albacoras saltando para fora d'água, mas o destaque foram os golfinhos a noite acompanhando o barco, uma visão que somente os que se aventuram por esses caminhos irão ver ao vivo. É algo impressionante, pois a noite estava escura, então não conseguiríamos ver os golfinhos e peixes nadando em volta do barco, mas o atrito deles com o plâncton que parece mais abundante e maior em tamanho do que o do Atlântico, isso cria uma ardentia onde podemos definir exatamente a forma do corpo dos golfinhos e peixes que se mexem na volta do barco. Essa é uma visão única a ser vista por quem admira a natureza.

Nosso primeiro encontro de terceiro grau aconteceu enquanto ainda estávamos em contato pelo VHF com o Ubatuba e Tin Tin, quando um barco de pesca, daqueles com os varais pendurados nos bordos veio diretamente ao nosso encontro, pela aleta de boreste. Vi o barco se aproximando, o que não fazia sentido, pois estávamos navegando em um rumo, e ele mudava seu rumo constantemente para nos interceptar. A uma distancia onde já podia reconhecer o tipo de barco sendo de pesca com varais, comentei com o Guillermo do Tin Tin o que estava acontecendo. Todos acharam estranho aquele barco vir diretamente na nossa direção, então o Guillermo sugeriu tentar contato por radio com aquele barco. Como estávamos no 67, nosso canal de conversa entre barcos, mudamos para o canal 16 e tentei contato. O barco continuava vindo e sem resposta de radio, então o Guillermo entrou na freqüência e falou em espanhol correto para aquele barco guardar distancia e identificar sua intenção. Depois de muita gritaria pelo canal 16, eu saindo com potencia de 50W que deve ter sido ouvida até do outro lado do Panamá, onde dei minha posição, descrevi a situação, clarifiquei que não recebia contato de retorno daquele barco pelo canal 16 e que ele continuava na nossa direção, agora a menos de 200 metros. Ouvi dizer que o que alguns desses pesqueiros fazem é passar muito próximo ao veleiro, e com seus varais pendurados, quebrar os brandais e danificar a mastreação do barco. Depois disso eles desaparecem e aparece um barco socorro que vai te cobrar metade do valor do seu barco para te ajudar a sair dessa. Nessa hora, pelas leis do mar, é muito importante que você passe o seu cabo ao barco ajudando, e não o contrario, pois pela lei do mar, se o cabo é dele, o preço é muito maior.

A algum momento, nessa altura com o pesqueiro a uns 150 metros a nosso boreste, ouvi algo irreconhecível em espanhol no canal 16 e ele se emparelhou conosco. Ficou nessa condição por uns minutos, depois acelerou e cruzou a nossa proa. Essa também é uma condição perigosa, pois alguns barcos cruzam a proa do veleiro e lançam a rede para o veleiro bater nela e ficar travado. Depois eles dizem que foi o veleiro o culpado, que não reconheceu que eles estavam na pesca com rede e passou muito perto. No país deles, essa cola!

Eu desacelerei o veleiro e desviei para boreste, alem de ficar observando se ele lançava a rede. Nada de maior interesse se passou, mas a suadeira ficou, com a produção de adrenalina em alta. E eu que vim ser cruzeirista para diminuir a minha adrenalina!

Eventualmente perdemos contato com o Ubatuba e Tin Tin pelo VHF e seguimos nossos diferentes caminhos.

Chegamos à ilha de San Jose lá pelas 3 da manha, e entrei bem devagar pelo caminho da ancoragem, seguindo o guia do Bauhaus, excelente para o Panamá. Sem maiores problemas, ancorei onde havia marcado ancorar, mas cometi alguns erros:

1. Mesmo sabendo pela previsão que havia um swell de SW, fiquei em baia aberta ao SW, o que nos proporcionou um resto de noite bem balançado, com o barco alinhado no vento, mas de lado para o swell.
2. De novo, mesmo sabendo da previsão, passei em frente à enseada da bodega, a oeste da ilha, e não fiquei por ali mesmo, porque ela tinha entrada para ventos do norte, que não estavam na previsão!
3. Na ancoragem, esqueci de considerar que alguns lugares no Pacifico tem maré de cinco metros, ou seja, você entra com calado, e acaba no seco se a maré estava na alta e com cinco metros de calado quando entrou e ancorou. No Atlântico, procuramos uma área na faixa dos cinco metros para ancorar. Na Pacifico tem-se que ter muito mais cuidado.

No final, por sorte, pois não tinha olhado a tabua das mares, acabamos bem. Havia ancorado com oito metros de água e na maré baixa ficamos com três metros de água abaixo da quilha.

Quando acordamos fomos passear de botinho nas praias por perto, e encontramos lagartos e iguanas. Não deu para ficar muito tempo, pois a maré sobe rápido e muito, praticamente encobrindo todas as praias, e a gente tem que ficar puxando o botinho cada vez mais para cima, então decidimos levantar ancora e ir experimentar a Baia da Bodega, protegida do swell de SW. Chegamos ao final da tarde e o lugar era lindo, calmo, e com muita coisa para se explorar, pois sai um rio na baia. Combinamos de explorar no dia seguinte, agora com a certeza de que dormiríamos bem, e estávamos precisando disso. Com nenhuma previsão de ventos nortes, a noite era nossa...

Curtindo o lugar na noite escura, sozinhos nesse paraíso, percebi umas luzes se mexendo em uma das margens da baia. Peguei a luneta infra-vermelha de enxergar a noite e percebi umas quatro pessoas andando pela praia. De repente, um tiro! Eles aparentemente estavam caçando, e esperávamos não ser a caça em lugar tão remoto, mas, não tivemos qualquer incomodo com eles, quem quer que fossem, e fomos dormir.

E não deu outra, o vento rodou, entrou de norte, e fez uma remexida dentro daquela baia de dar inveja a qualquer alto mar! No fim, dormimos melhor, enquanto dormimos, mas não conseguimos explorar o lugar no dia seguinte e partimos para Galapagos, agora com duas noites mal dormidas e umas oito pela frente em travessia. Bom, essa é a vida que escolhemos viver por hora, então, vamos aproveitar.

A descida para Galapagos pode ser de qualquer jeito que dê na hora que você vai descer. Eu tinha três rotas, duas que eu projetei e uma do livro do Jimmy Cornell. Seguia por uma das minhas rotas, a mais curta, quando pegamos uma bela tempestade, com nuvens vindo de três cantos opostos, que foi nos cercando até cair em cima da gente. Eu a acompanhava pelo radar, e notei um ponto que vinha a boreste, em rumo que cruzaria a minha popa. Não consegui visualizar qualquer luz ao algo que me identificasse aquele ponto no radar e pensei até em chamar outros barcos que estavam passando por perto para ver se eles também viam o ponto. Botei um alvo Marpa naquele ponto e deixei quieto, me ocupando com outras tarefas do barco em movimento. Mas, notei que depois que aquele ponto passou pela proa a umas seis milhas, ele deu um 180° e passou a andar em paralelo com a gente. Como acho que estou muito impressionado com esses ONNI'S do mar, deixei para lá. No turno da Lilian ela notou que ascendeu uma luz verde onde aquele ponto estava no radar. Quando acordei para meu turno, ela me passou a luz verde, que coincidia com o ponto que eu já estava vendo no radar há muitas horas. Nisso entrou outra tempestade, e enquanto eu domava o barco, o ponto aumentou sua velocidade e passou a interceptar a minha proa a meia milha. A fobia voltou e passei a monitorar o ponto, agora com luz verde e em rota de intercepção ao Matajusi. Quando ele estava a uns 350 metros na minha proa, comecei a chamar pelo radio. Sem obter resposta, irradiei a situação pelo canal 16 com 50W e pedi confirmação de outro barco ter recebido a mensagem. A confirmação veio e pedi para aquele barco irradiar a situação também, pois ele estava a umas quarenta milhas de onde eu estava. Pequei meu holofote, e passei a iluminar o barco, agora pela curta distancia reconhecido como um barco pesqueiro com os varais para fora, além de iluminar as minhas velas, para mostrar que eu tinha direito de passagem. Além disso, ajudei com o motor, e subi no vento uns 30 graus, para passar na frente do pesqueiro. Nisso, como se nada estivesse acontecendo, o pesqueiro mudou seu rumo em 180°, assim pude continuar no mesmo rumo que eu já estava, o que fiz por alguns minutos até ficar mais longe da visão ocular do pesqueiro, então desliguei todas as luzes e virei 180°, para passar por trás dele e ir para o outro lado, pois desse lado havia terra pela frente e o outro lado me ajudaria nos ventos para Galapagos. Ficamos assim o resto da noite, e de manha já não tínhamos contato ocular com o pesqueiro. Ou essa brincadeira de gato e rato faz algum sentido para esses pescadores, ou eu estou precisando de uma terapia! Será que estou muito desconfiado? Ora, um barco no escuro, que cruza a sua rota, muda 90° e passa a te acompanhar, no meio do nada passa a interceptar a sua proa, e depois da arruaça pelo VHF simplesmente vira 180° e vai fazer outra coisa com certeza não cheira bem, só que isso esta acontecendo comigo muitas vezes!

Bom, o resto da velejada até Galapagos não teve mais nada de excepcional, a não ser que pudéssemos entender como excepcional encontrarmos um barquinho menor que vinte pés, com motor de uns quarenta cavalos, a 340 milhas da costa! Quando vi, ele estava a uns 200 metros no meu través de boreste! Não fizeram qualquer sinal, não responderam no radio, então segui adiante, mas com a minha consciência me questionando se eu não deveria ter parado e oferecido ajuda! Pensei em chamar alguém no SSB para reportar o fato e dar a posição, mas a total aparência de calma dos pescadores não promoveu essa atitude e deixei de lado.

No dia seguinte, descansando no cockpit, noto algo seguindo o Matajusi por baixo d'água! Não! De novo não! Não a 3.000 metros de profundidade! Olhando na popa, noto um cabo verde embaixo d'água. Peço a foice para a Lilian, a vamos ao trabalho, agora entendendo o porque do barquinho a 340 milhas da costa! Estava com o motor ajudando, pois o vento estava a 29°, e não havia nada preso no hélice, então desengatei o motor enquanto ia trabalhar com a foice, mas esqueci de travar na ré, para o hélice não virar sozinho com o movimento do barco pelo vento, e aí, os cabos presos à quilha de enroscaram também no hélice!

Quando me preparo para por a foice na água, noto algo GRANDE debaixo do barco. Tinha mais de três metros, de cor cinza, mais claro que a dos golfinhos. Nisso vi um golfinho solitário vindo por bombordo para a festa no Matajusi. Chamei a Lilian para ver aquilo, e cheguei mais perto da água, sentado em cima da plataforma. Notei primeiro que o rabo era vertical, então não era um golfinho ou baleia, e sim um tubarão, e notei também o golfinho, um terço do tamanho do tubarão do lado dele. Agora sim a festa estava completa. Um tubarão grande, que pelo formato do rabo parecia um tigre, um golfinho, um espinhel preso na quilha, e agora também no hélice, e eu tendo que sair daquela, de preferência ileso para prosseguir viagem!

Bom, o que quer que o golfinho “falou” para o tubarão funcionou, pois eles foram ficando para trás, e pudermos ver o golfinho nadando em cima do bicho lá para trás. Eu tirei a roupa, vesti o pé de pato e a mascara, peguei um alicate de corte, soltei a escada e mais um cabo longo com um laço na ponta, depois de baixar as velas e deixar o barco em capa (de lado para o vento e ondas). Foi bom, sempre tive a curiosidade de ver o que aconteceria com tentar por um barco de fundo flat em capa. Até que funciona, só que o barco continua com algum movimento, e mais rápido do que eu conseguia mergulhar.

Pulei para dentro d'água, segurando na escada, e primeiro olhei em volta para ver se a festa continuava. Vi uma lula grande, mas não vi tubarão nem golfinho por perto. Então dei o primeiro mergulho, me puxando pelo fio do espinhel preso ao hélice, e cortei todos os cabos que saiam para fora da hélice.

Voltei para a escada, descansei um pouco, sempre olhando à minha volta, e dei um segundo mergulho para cortar o que mais pudesse daqueles cabos. Tinha muito cabo de nylon verde e linha de pesca muito grossa. Cortei o que pude, voltei para a escada, e fora da água.

Muita comoção para mim em pouco tempo! Tentei por o motor e hélice em movimento de novo, funcionou, levantei ancora, e agora, ancorado na Baia do Naufrágio na ilha de San Cristobal em Galapagos ainda não fui ver o que restou do espinhel no hélice.

Vimos terra às 9h20min do dia 4/6, fomos chegando mais perto e costeando a ilha, olhando de binóculos as suas características, certamente diferente de qualquer ilha que eu já tenha visto.

Um pouco antes de entrar no porto, a linha que estava na água há uns 6 dias sem qualquer sinal de peixe, anunciou peixe fisgado, e foi o maior stress trabalhar aquele peixe. Ele era o maior que eu já havia fisgado na linha, e levou ¾ da linha da carretilha. Começamos a abrir velas, tiramos motor, e fomos reduzindo velocidade, mas mesmo assim ele ia levando mais linha. Ai resolvi dar a volta, e ir “buscar” o peixe ao invés de arrastá-lo. Isso deu certo e consegui recuperar quase toda a linha. O peixe mudou de direção muitas vezes e o fomos seguindo de veleiro, se vocês conseguirem imaginar o que é seguir um peixe de veleiro, com as velas para cima! Então baixamos as velas, de qualquer jeito, e fomos no motor. Quando já estávamos prontos para trazer o bichão mais perto, senti a linha folgar com um tranco. Recolhi, e pela primeira vez, vi uma rapala quebrada na metade! O bichão gostou tanto do anzol que resolveu levá-lo consigo!

Bom, chega de aventuras e vamos ancorar depois de nove dias no mar, mas não antes de acabar o diesel bem na entrada do porto!

Estava com a capitania no VHF, pedindo sugestão de local de ancoragem, quando o motor parou. Para quem mexe com diesel, sabe o que isso significa, muda chave do tanque, tira ar do sistema, e vê se pega de novo, e isso, na boca do porto, com recifes de todos os lados, e por sorte, vento e corrente arrastando a gente para fora, e não para dentro.

Bom, seria por de volta as velas e velejar até a ancoragem, mas, conseguimos fazer o motor pegar depois de muitas bombadas e voltamos ao procedimento de ancoragem.

Escrevo esse relato sob o olhar da Monique, a foca que resolveu assumir como seu o cockpit to Matajusi. Chegamos ontem, fizemos a papelada hoje, via um agente local, mandatório por aqui, fomos jantar fora ontem, comemos muito e passei muito mal também, acho que com alguma manteiga em um dos frutos do mar que comi, provavelmente a cavaquinha.

Estamos ancorados com 40 metros de corrente, usando minha bruce de vinte quilos, que nunca me falhou. A baia não esta muito cheia, tem boa ventilação, mas às vezes um swellzinho chato. A água é fria e os tanques de água doce do barco já esfriaram também, assim o banho de ontem foi mais gelado do que o de costume. Lembrei que o ultimo banho quente que tomei foi no meu apartamento em SP em Janeiro!

A papelada nos custou em torno de US$200, incluindo US$80 para o agente. A tonelagem do barco influencia em quanto se paga.

A ilha nos surpreendeu! Parece um pouco com Ilha Bela, mas super bem tratada, tudo bem desenhado, jardins maravilhosos, gente muito simpática em prestativos, com boa comida, boas frutas e vegetais.

Amanha combinamos um tour pela ilha, mas não quero adiantar muito o relato da nossa estada em Galapagos, então fica para o próximo.

No próximo relato vou contar sobre nossa estadia na Ilha de San Cristobal em Galápagos.

Convido meus leitores a se comunicarem comigo pelo e-mail matajusi@gmail.com, e a acompanharem notícias sobre o Matajusi no site do projeto, www.matajusi.blogspot.com.

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