sábado, agosto 28, 2010

Ilha de Aese, e baia de Hog Harbor:

Chegando na ilha de Aese, escolhemos uma ancoragem calma, do lado Oeste da ilha, entre a ilha e a ilha principal de Espirito Santo e ancoramos com sete metros de profundidade e trinta de corrente. Único problema pé que em uma das noites que passamos por lá, o vento virou e ficamos muito próximos de um cabeço de coral, e acabamos encostando nele à noite. Tive que levantar correndo e recolher um pouco da corrente da ancora para sair de cima dele.
No mais, passamos um dia inteiro, eu e o Patrick do Ma´Ohi, caçando na ilha. Andamos das sete da manha até as quatro da tarde. Não vimos nada, somente trilhas frescas de porcos selvagens, pois a área é muito grande e sem cachorros para farejar os porcos, fica difícil se acercar de algum. Vimos muitas galinhas selvagens, alguns cavalos selvagens, muito rastro de gado selvagem, e alguns rastros de porcos selvagens. No final da caminhada, encontramos uma área com muitos limoeiros, carregados de limão, e enchemos as camisas de limões.
Na volta fui para um mergulho e colhi um marisco gigante e uma concha gigante, a maior que já colhi. Preparei um risoto de concha gigante e convidei o Patrick e a Cristine para jantar conosco. Eles são um casal Frances, muito versátil, já estando no mar a quatorze anos e topam de tudo. Uma excelente companhia par a gente, mas eles estão i9ndo parta as Filipinas, e nós não vamos para lá então, vamos navegar um pouco ainda juntos e depois, cada um para seu destino.
As onze horas da manha do dia vinte e sete zarpamos para Hog Harbor, onde chegamos depois de cinco horas de velejada, com a ajuda do motor. O vento variava entre cinco e dez nós, e entre NW e NE, ou seja, o tempo todo arrumando velas. Chegamos, ancoramos em dês metros de água, checando os cabeços de coral à nossa volta, e fomos rapidinho para a aldeia, para encontrar o principal de uma das escolas destinadas a receberem os livros que estamos trazendo. A escola era longe, uns vinte minutos caminhando, então deixamos os livros no restaurante da praia de Lonnoc. Chegando à aldeia, procuramos por alguém com carro para ir buscar os livros e encontramos o Sam, um dos donos do restaurante da praia, que nos levou para apanhar os livros, depois nos trouxe de volta para a aldeia e nos levou para a casa do Principal da escola secundaria, para quem entregamos os livros. Tiramos fotos para documentar o evento e voltamos com o Sam para a praia onde havíamos deixado o bote. Acabamos ficando para jantar no restaurante, e conhecendo um casal de Israelenses muito interessantes. Eles são do grupo RAW, um grupo de vegetarianos que só comem comida crua. O único preparo é lavar, cortar, misturar e comer. Ficamos conversando até tarde, eles muito interessados na n0ssa vida a bordo, e nós, na vida errante deles. Ele foi da Special Forces de Israel. Imagino pelo que deve ter passado... Agora vivem viajando o mundo, em geral na área do equador, onde as frutas e verduras crescem em maior abundancia.
Ontem fui mergulhar, mas a Lilian não queria nenhum peixe, pois ainda temos muito no barco para consumir, então fui procurar por conchas novas para experimentar, e achei duas. As duas vivem dentro de certo tipo de coral, e ficam embutidas no coral onde crescem. O coral acaba fazendo um buraco em volta delas e, portanto elas não podem crescer muito. Tinha uma fininha, com uns oito centímetros de tamanho, que era bem doce. Comi apenas os músculos. A outra era até uns dez centímetros, mas com uns três a quatro centímetros de grossura, e tinha um músculo bem gostoso e grande para o seu tamanho. Difícil de pegar, pois assim que se toca nelas elas afundam dentro da abertura do coral, então fui experimentando métodos diferentes e o que melhor funcionou foi enfiar a faca de mergulho enquanto elas estão abertas e cortar o músculo que as mantém fechadas, depois ir trabalhando com faca e dedos para retirar elas do buraco no coral, o que nem sempre conseguia. Algumas eu tinha que desistir, e outras tinha que insistir e tirar somente a carne.
Depois do mergulho almoçamos, comendo vegetais na chapa com os peixes de água doce que eu havia pescado no buraco azul, e fomos caminhar em terra. Na volta encontramos os Israelenses e eles nos convidaram para jantar RAW com eles. A janta foi uma salada com muita coisa, incluindo alface, tomate, côco verde ainda mole, abacate, salsinha de monte, pimenta verde, temperados com sal grosso e azeite. Para beber, água de côco. Os convidamos para vir conhecer o barco hoje e eles vão trazer a comida para fazer mais um tipo de RAW, incluindo queijo de leite de côco.
Amanha zarpamos para Wunpuko para entregar a outra caixa de livros na escola local. Wunpuko fica em uma área onde muito poucos brancos vão. Vai ser interessante...
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At 29/8/2010 08:46 (local) our position was 15°08.74'S 167°06.91'E, our course was 094T and our speed was 0.1.
No dia 29/8/2010 as 08:46 horas (local) nossa posição era 15°08.74'S 167°06.91'E, nosso curso era 094T e nossa velocidade era 0.1.
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