sexta-feira, agosto 20, 2010

De Malekula a Luganville, Espirito Santo:

Na quarta, o Champ não pode ir caçar, então fui mergulhar sozinho. Pedi permissão para mergulhar ao James, gerente da fazenda Kiwi de onde compramos ovos, e acabei comprando mais duas dúzias de ovos. Fiquei das nove da manha até as quatro da tarde mergulhando sozinho nos recifes da frente da fazenda e no final tinha uma garoupa de uns cinco quilos, um dentão de uns quatro, mais duas garopetas, mais três vieiras das pedras gigantes, mais uma ostra nativa gigante. Fiquei com as conchas e dei todos os peixes, pois ainda temos atum para uns quatro dias. O James ainda me convidou para uma caçada de porcos na sexta, mas realmente precisamos seguir caminho, então saímos na quinta pela manha e navegamos até o extremo NorteOeste de Malekula, na Malua Bay, onde ancoramos em sete metros com quarenta e cinco metros de corrente, só para dormir, mas aproveitamos para fazer trocas com os nativos locais. Muitas toranjas, mexericas, bananas, mamão, côco, abobora, e dois vegetais que não conhecíamos, uma mistura de abobrinha com berinjela com pepino que parece uma bucha verde, mas de boa textura e paladar. Pela troca demos camisas, cantis, livros, revistas, cabos, DVDs, e mais uns penduricos.
Saímos hoje as seis da manha, navegando com bom vento e poucas ondas, atravessando rapidinho o canal entre Malekula e Espirito Santo. Com o vento entre quatorze e vinte nós entrando pelo través, fazendo o barco andar entre sete e nove nós, chegando aos doze quando surfava uma onda, acabamos ancorando mais cedo do que estimado. Ancoramos na área reservada para os iates, uma ancoragem daquelas ruins, com direito a ancora garrando, barco caturrando, vizinho gritando e xingando, e tudo mais de direito. No final, para satisfazer o vizinho resmungão, acabei ancorando de novo, dessa vez onde o catamaran Ahu tinha acabado de sair, assim sobrando mais espaço e calando a boca do resmungão.
Fomos assim que pudemos para a cidade, usando o bote para alcançar a praia, que para ajudar, era meio de tombo, então, todo cuidado é pouco para não virar o barco na aterrada, pois estava com o computador no backpack.
Refizemos o cruizing permit, agora incluindo as ilhas do norte de Vanuatu, e ainda conseguimos fazer um pouco de internet, trabalhando no cruizing permit para a Indonésia. Esse é bem mais complicado e demora quase um mês para receber. Tem que mandar um monte de documentos, mais o itinerário, que não pode estar diferente da viagem atual, ou o caldo engrossa . Com muitas milhas, muitas ilhas, vento e corrente com grandes variações, fica difícil definir exatamente quando e onde vamos passar... e seria bem mais fácil se eu já tivesse definido se vou para Oeste ou para o Norte! Sem essa decisão esculpida em pedra, vamos enrolando e conhecendo mais lugares e mais gente. No final da tarde,quase anoitecendo, decidi atravessar para a ilha em frente à cidade, e sair da cara do vento, mas acabei não encontrando um lugar ideal para ancorar e ancorei em condições que não gosto... muito perto de terra, em canal com corrente de maré forte, com três forças trabalhando no barco, o vento empurrando para NW, a maré empurrando para Leste (por enquanto), e a ancora segurando pelo SE... Vamos ter que manter uma vigília essa noite... amanha saímos daqui e vamos para uma ancoragem melhor.
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At 20/8/2010 14:30 (local) our position was 15°31.36'S 167°09.85'E, our course was 316T and our speed was 0.1.
No dia 20/8/2010 as 14:30 horas (local) nossa posição era 15°31.36'S 167°09.85'E, nosso curso era 316T e nossa velocidade era 0.1.
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