sábado, junho 26, 2010

Partimos para Vanuatu:

Depois de vinte dias em Fiji, hoje as sete da manha partimos de Lautoka para Vanuatu, mas primeiro paramos em um conjunto de ilhas, as ultimas antes do abismo oceânico entre Fiji e Vanuatu. Ontem fizemos a emigração em Lautoka, e como já estava no final da tarde, achamos melhor dormir e acordar cedo para partir. Estamos viajando junto com o Qovop, com três garotos franceses espetaculares, daqueles que topam de tudo. O Manu foi aquele garoto que conhecemos em Balboa, que, por sua atitude de fazer o que for preciso, me incentivou a partir para Galapagos também, e hoje, aqui estamos.
Acabamos não conhecendo muito de Fiji, mas tivemos a oportunidade de cruzar a ilha de sul a norte, com o 4x4 que alugamos. Nada muito diferente de outros interiores, com as melhores cenas a aldeia de Navala, a mais típica fijiana da ilha, e um belo rio que cruza o interior da ilha. Parece um pouco com as montanhas do Colorado, sugeriram o Mike e a Marnie que foram conosco. No dia seguinte fomos ate Suva, a capital, uma cidade com muitas características indianas (da India). Lá fomos visitar o museu de historia natural de Fiji, e vimos alguns artefatos usados na época do canibalismo. Pela primeira vez ao vivo, vimos alguns templos indianos e comemos comida típica indiana.
Na quarta-feira finalizei o conserto da transmissão, na quinta-feira o da geladeira nova que chegou da Nova Zelandia, e, com tudo funcionando, partimos de Port Denarau para Lautoka na sexta-feira, antes parando na Vuda Marina para pegar nossos queijos e carnes que estavam na geladeira do Too Much, do Jean e da Marcia, ela brasileira.
Como disse, paramos nas ilhas de Navadra e Vanu Levu, umas ilhas desabitadas, que formam um V de frente para o Oeste. O ancoradouro balança um pouco, pois o vento é de Leste e o swell de Oeste, então o barco fica de lado para o swell. Ontem demos uma mergulhada, e vimos alguns tubarões galha branca e galha preta, mas muito tímidos. Eles ficavam de longe e toda a vez que eu descia, eles chegavam perto para ver se ia sobrar alguma coisa para eles. Não vimos muitos peixes, algumas sororocas ou primas próximas delas, um badejo tipo quadrado, mas com os quadrados coloridos, e algumas garoupinhas pintadas. Peguei um badejo de uns dois quilos mas escapou do arpão e entrou em um coral inacessível. Depois do mergulho fomos para uma das ilhas e la encontramos um bando de cabras selvagens. Como a única arma que tínhamos era o arbalete, fomos caçar cabras de arbalete mesmo! E não é que quase pegamos uma?! Cercamos a cabra em três, e fomos fechando o triangulo até chegar a ponto de tiro. Atirei mas achei que o arpão ia descer muito, por não estar na água, e não foi isso que aconteceu, então atirei muito para cima e o arpão passou raspando pelas costas da cabra, com a linha roçando as costas dela, que saiu em disparada, com o William correndo como um verdadeiro Robinson Crusoé atrás dela, com um facão na mão. Ele chegou muito perto e acho que não sabia bem o que fazer se conseguisse alcançá-la, então diminuiu a velocidade. A noite nos reunimos no Qovop para uns aperitivos e ficamos discutindo como iríamos caçar no dia seguinte, e como prepararíamos o banquete de caça na própria praia.
O Domingo chegou, e com ele um navio carregado de turistas! Então, nossa caçada fica para outra hora. Estou postando o blog pelo SSB, pois de agora em diante não tem mais muito de internet por uns tempos.
-----
At 26/6/2010 22:21 (utc) our position was 17°27.52'S 177°02.61'E
----------
radio email processed by SailMail
for information see: http://www.sailmail.com