quarta-feira, abril 04, 2012

03/04/2012 Visitas a bordo nas Maldivas:

De Gaafaru fomos direto para Hulhumale, uma ilha do lado de Male, onde fica o aeroporto. Fácil de entrar e de ancorar, logo tivemos a sorte de conhecer o Shahym, skiper de um dos catamarans de charter de Male e profundo conhecedor da área e dos costumes locais. A noite fui jantar com ele e uns amigos em Hulhumale, e ficamos falando sobre boas ancoragens, áreas de pesca, formas de provisionamento, entre outras coisas úteis.
Na manha seguinte fomos com o Shahym até Male de catamaran, para conhecer o lugar e procedimentos. La encontramos o Abdul, nosso agente nas Maldivas. Paguei o custo de um mês nas Maldivas, o mais caro que já pagamos em qualquer lugar, míseros oitocentos e cinqüenta dólares, e recebemos a nossa documentação.
No dia seguinte chegaram o Miguel e a Andrea, nossos amigos de Juquehy, e o segundo casal que vem nos visitar nos quatro anos de viagem volta ao mundo. A visita deles foi ótima, e uma boa experiência tanto para nós, por aprendemos mais um pouco sobre recebermos convidados a bordo, e para eles, pois nunca haviam dormido em barco antes.
Programei uma agenda, onde, primeiro ficaríamos na mesma ancoragem, para eles se acostumarem com o barco, depois começaríamos a navegar pela área, mas escolhendo ilhas com ótimas ancoragens, e só no final fomos para ancoragens mais abertas e expostas. Pena que não filmei a chegada deles no aeroporto, pois estava super ocupado com o veleiro dentro da área das balsas e barcos de transporte do aeroporto, e não podia relaxar para filmar, mas o Miguel parecia uma criança, pulando de alegria!
Embarcamos os dois e voltamos para a ancoragem, ficando por lá, desintoxicando-os dos vícios cosmopolitanos. Nesse primeiro dia, recebemos a visita do Jeff, mais um dos amotinados do Fraternidade que conhecemos. O primeiro havia sido o Andre, que conhecemos em Port Vila. O Jeff passou a tarde contando situações que eles passaram no Fraternidade, confirmando que toda a tripulação desembarcou em Nuku Hiva nas Marquesas. Historias que o povo conta...
No dia seguinte fomos andar na vila de Hulhumale, fazendo provisionamento do barco e aproveitando para comer fora, e dar aos dois a primeira oportunidade de experimentar a culinária local.
Mais um dia e seguimos para Himmafushi, um vilarejo local com uma boa laguna para ancorar e uns corais para garantirmos a janta. Visitamos a ilha, e conhecemos o Mustafa, um garoto que ficou orgulhoso nos mostrando sua vila e acabou sendo convidado para almoçar conosco no único restaurante local, uma primeira experiência para nossos convidados na culinária local.
No dia seguinte, considerando que os dois já estariam acostumados com o balanço, partimos para o lado Oeste do North Male Atol. Tinha preparado varias ancoragens recomendadas pelo Shahym,skiper do Sail Fish, e fui parando na media de dois dias em cada ancoragem. Em todas as ancoragens, fazíamos nossos mergulhos e exercícios na água, mas as mulheres queriam praia! Então fomos procurar por praias, e que praias achamos?! Pequenas ilhas, só de areia, sem vegetação, com corais na volta toda. A primeira que paramos não deu ancoragem, mas aproveitando o vento Norte, parei ao sul da ilha, jogando a ancora em cima de uma área de areia com cinco metros de profundidade, do tamanho de uma banheira! Depois descia para mais de trinta metros... mas ficamos bem ali, pois o vento se manteve. Antes do final da tarde, retornamos para a ancoragem anterior que já conhecíamos bem.
Nossa ultima ancoragem foi a melhor! Outra prainha de areia branca, cercada de corais, sem vegetação, com muita vida marinha, e nessa ficamos até o fim das duas semanas dos nossos convidados.
No final, tudo funcionou maravilhosamente bem, e tivemos duas semanas espetaculares de aventuras pelas muitas ilhas do Norte Male Atol, proporcionando para nossos convidados "a melhor viagem da vida deles" como bem disse o Miguel antes de partir.
De novo, deixei-os no aeroporto de veleiro, eles partindo para sua próxima aventura, em Bangkok, na Tailândia, e nós voltando para a ancoragem do aeroporto para desacelerar um pouco e voltar ao ritmo normal da nossa vida a bordo, provisionar, fazer algumas manutenções, fazer documentação de saída, e esperar a hora certa para partir, pois o vento esta na cara, e as próximas pernas são longas, e sem recursos, então vamos precisar do nosso diesel...
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